segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Chile reforça monitoramento de vulcão por aumento de atividade


Vulcão Copahue, localizado na fronteira com a Argentina, expeliu fumaça.
Nuvem de fumaça chegou a 3,6 mil metros no sábado (11).
Vulcão Copahue expeliu muita fumaça neste domingo (12) (Foto: AFP)

O Chile reforçou o monitoramento do vulcão Copahue, localizado na fronteira com a Argentina, devido ao aumento da atividade vulcânica - mas a região ainda não precisou ser esvaziada.

"O monitoramento técnico está nas mãos do Observatório Vulcanológico do Sul e é permanente. Esse monitoramento será reforçado", disse neste domingo (12) Gilda Grandón, diretora da Oficina Nacional de Emergência (Onemi) da região de Biobío, a 520 km ao sul de Santiago.

Grandón explicou ainda que sobrevoos serão realizados sobre o Copahue para complementar a informação passada pelas câmeras instaladas ao redor do vulcão de cerca de 2.967 metros de altura, compartilhado por Chile e Argentina.

No sábado (11) foi registrado um aumento da nuvem de cinzas do Copahue, que chegou a 3,6 mil metros de altura e uma cor "cinza escura que evidencia a presença de material particulado, somado a uma sequência de tremores adicionais", indicou um informe do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin), que determinou elevar o alerta de amarelo para "alerta laranja técnico".

A Onemi determinou manter o alerta amarelo e descartou até o momento realizar evacuações da população, já que a fumaça e as cinzas não causaram maiores problemas em função do vento, explicou Grandón.

Em maio de 2013, Chile e Argentina decretaram alerta vermelho e a evacuação de cerca de 3 mil pessoas em ambos os países para prevenir contra uma eventual erupção do Copahue.


Após o episódio, Onemi e o Sernagemoin mantêm em alerta amarelo a zona do vulcão desde junho de 2013.

Círio de Nazaré leva dois milhões de fiéis ao Pará

Maior evento católico do Brasil, romaria completa 222 anos com multidão percorrendo ruas de Belém



Cerca de 400 embarcações prestaram tributo à Nossa Senhora de Nazaré no sábado
Foto: PAULO SANTOS / REUTERS

BELÉM - As homenagens para Nossa Senhora de Nazaré levaram dois milhões de fiéis às ruas de Belém, neste domingo. No sábado, a estimativa da Polícia Militar é que 50 mil pessoas tenham acompanhado a imagem da padroeira em terra, e mais 400 embarcações pela romaria fluvial.

A romaria deste domingo é a mais importante das 12 oficiais da quadra nazarena e atraiu uma multidão em seu percurso de 3,6 km da Catedral de Belém até a Praça Santuário, onde fica a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

O Círio de Nazaré é considerado o maior evento católico do Brasil e foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade. Este ano, o festival completa 222 anos.
As comemorações começaram na sexta-feira, com o Traslado para a Igreja Matriz de Ananindeua, uma procissão de 55 km que percorreu a Região Metropolitana de Belém. No sábado, foram realizadas as romarias rodoviária, fluvial e dos motociclistas. Durante a noite, a Imagem Peregrina da santa fez o percurso inverso na chamada Trasladação.


Além das procissões, um dos momentos mais marcantes do festival foi a descida da Imagem Original do altar-mor da Basílica de Belém. Por ter 200 anos, a imagem não participa mais de procissões e só aparece ao público por duas ocasiões: em outubro, no período da Festa de Nazaré, e no mês de maio, quando é comemorado o aniversário de elevação da Basílica à Santuário. Após a grande procissão, a Imagem Peregrina da Virgem também ficará exposta no altar da Praça Santuário, para visita dos fiéis durante 15 dias, período conhecido como a Quinzena Nazarena.

Aliança de Marina com Aécio causa atritos na Rede


Manifesto classifica adesão ao candidato do PSDB de ‘grave erro político’


RIO - O apoio de Marina Silva (PSB) à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), formalizado neste domingo, provocou reação imediata na corrente da Rede Sustentabilidade que defendia a neutralidade dela no segundo turno da eleição deste ano. O manifesto “A favor da nova política”, que começou a circular entre os integrantes do grupo na tarde de ontem, chama de “grave erro político” a adesão da ex-candidata ao tucano e provocou disputas internas no movimento.

Coordenador da campanha de Marina e porta-voz da Rede, Walter Feldman foi um dos ferrenhos defensores da aliança com Aécio. Com carreira política no PSDB, ele foi o principal responsável pela aproximação de Marina com o partido.

“DESTOA DE PROJETO ORIGINAL”

Sem citar o nome de Marina em nenhum momento, o documento faz uma série de críticas à postura adotada pela candidata derrotada do PSB. Em um dos trechos, o texto chama a polarização entre PT e PSDB de “nefasta” e afirma que “a mais firme de todas as posições é rejeitar as duas candidaturas e não indicar voto em nenhum dois dois lados”.

O documento afirma ainda que “ser parte da polarização PT x PSDB destoa do projeto original da Rede Sustentabilidade”.
Em outro momento, o manifesto critica diretamente os dois candidatos que vão disputar o segundo turno: “Qualquer que seja o eleito, Dilma ou Aécio, realizará um governo que queimará recursos naturais e conquistas sociais e se servirá do velho padrão do fisiologismo e do patrimonialismo”.

Segundo o grupo, Aécio é um candidato que tem “integração orgânica à desconstituição de direitos, aos ruralistas e ao capital financeiro”.
Durante a campanha, Marina foi acusada por setores do PT de ter “ligação com os banqueiros”. A crítica fazia referência à coordenadora de programa de governo da então candidata do PSB, Neca Setúbal, herdeira do Itaú.


O grupo pretende divulgar o documento nesta segunda-feira. Até a noite de domingo, 25 integrantes haviam assinado o manifesto. A Executiva Nacional e o Elo Nacional, colegiado mais amplo, têm, juntos, 125 membros. Um terço dos integrantes da Executiva já estavam entre os signatários. Entre eles, o vereador do Rio Jefferson Moura (PSOL), Haldor Omar, um dos coordenadores executivos, e Júlio Rocha, um dos coordenadores de organização do movimento.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Cadê a "Nova" Política?

Dilma x Aécio: a maturidade do voto

Dilma vai enfrentar Aécio Neves no segundo turno. É o tradicional confronto PT x PSDB que se repete. Isso significa que a “velha” Política ganhou da “nova”?
Não. Significa que a Democracia brasileira mostrou maturidade. Marina tem uma biografia respeitável, mas tentou ganhar a eleição tratando o eleitor feito criança. “Eu sou o novo” (sei…), “vou governar com os “bons” de cada partido” (só faltava escolher os maus), “quero menos Estado e mais política social” (mágica?), “no meu governo não haverá toma lá dá cá no Congresso, contaremos com a pressão das ruas” (seria um governo bolchevique, com o Congresso cercado pelas massas, enquanto o Gianeti e a Neca acertam o resto com os bancos?).
A “Nova” Política era uma miragem. E Junho de 2013? Onde foi parar? Nos 1,5% de Luciana Genro?

Marina se desmanchou. Nunca numa eleição presidencial se viu nada parecido. O Brasil não engoliu a Marina. E Marina foi engolida pela realidade. Em 2014, sai da eleição menor do que em 2010. Apesar de ter conquistado cerca de dois pontos percentuais a mais do que na ultima eleição. Mas queimou patrimônio político.

Aécio sai do primeiro turno com 33% (exatamente o mesmo percentual de Serra em 2010). Dilma sai com 42% (5 pontos abaixo de 2010; fruto das dificuldades concretas do governo, da economia que cresce menos do que em 2010). Isso aponta para um segundo turno mais difícil do que em 2010. 

Mas voltemos a Marina. No fim de agosto, a candidata chegou a aparecer 10 pontos à frente de Dilma em simulações de segundo turno. Aécio era dado como morto. Mas a política se impôs. Não a nova, nem a velha. Mas a política.

Dilma partiu para o combate aberto, fez o contraponto, mostrou as incongruências de Marina. Desmontou a tese do BC “independente”, do desprezo pelo pré-sal. Não foi uma “campanha de mentiras”. Foi o confronto político. Marina mostrou a consistência de um sorvete derretido.

Aécio fez o mesmo: mostrou o “risco” Marina, e retomou espaço, apesar da derrota acachapante em Minas do candidato tucano a governador.

Isso tudo mostra – sim - a maturidade da Democracia brasileira.
E o segundo turno? Será duríssimo. Virão as denúncias da “Veja”, as matérias de Ali Kamel no Jornal Nacional. Tudo contra Dilma. Nada de novo.

Mas Dilma é favorita. Jamais um candidato que venceu o primeiro turno sofreu virada em eleições presidenciais no segundo turno. Fora isso, Aécio não terá a máquina tucana nos três colégios eleitorais onde o tucanato é mais forte: Minas (PSDB sai humilhado), São Paulo e Paraná (onde Alckmin e Richa colheram vitórias já no primeiro turno, e a máquina partidária tende a funcionar de forma mais preguiçosa no segundo turno).

O PT deve vencer – mas com uma margem mais estreita do que nas eleições passadas. O clima de ódio é maior, as dificuldades na economia são reais.
O que joga a favor de Dilma? Os programas sociais, o desemprego baixo e a imagem pessoal de retidão.

Aécio vai contar com a máquina midiática, e com o ódio militante da classe média. Mas parece que isso não tem sido suficiente para ganhar eleição no Brasil – desde 2006.

A oposição precisava de um projeto novo. Alguns setores tentaram inventar o “projeto” Marina. Fracassou. Agora, volta-se ao velho leito liberal.
Aécio é FHC. Se a imagem do ex-presidente pode ter ajudado o tucano mineiro a chegar no segundo turno, agora vai virar uma bola de ferro – que o senador mineiro terá que arrastar pelas ruas, Brasil afora.


Lula x FHC. Dois projetos. O Brasil vai decidir de novo o que prefere.

Inventores das lâmpadas LED azuis ficam com o Nobel de Física de 2014



Trabalho de trio de cientistas de origem japonesa permitiu mudar a iluminação mundial com menor consumo de energia e mais durabilidade

Isamu Akasaki, 85, professor da Universidade de Meijo; Hiroshi Amano, 54, professor da Universidade de Nagoya e Shuji Nakamura, 60, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara ganharam o Nobel de Física pela invenção de lâmpadas LED azuis Foto: AP
Isamu Akasaki, 85, professor da Universidade de Meijo; Hiroshi Amano, 54, professor da Universidade de Nagoya e Shuji Nakamura, 60, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara ganharam o Nobel de Física pela invenção de lâmpadas LED azuis - AP

RIO – A invenção de lâmpadas LED azuis deu a um trio de cientistas de origem japonesa o Nobel de Física deste ano. O trabalho de Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura permitiu mudar a forma como iluminamos o mundo, com mais economia de energia e durabilidade. Eles vão dividir igualmente um prêmio de 8 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,1 milhão)


“No espírito de Alfred Nobel, o prêmio recompensa uma invenção com grande benefício para a Humanidade”, destacou a Real Academia de Ciências da Suécia em comunicado sobre a escolha.

Embora já existissem lâmpadas LED (sigla em inglês para “diodos emissores de luz”) vermelhas e verdes há algum tempo, foi só com a chegada das azuis que se tornou possível produzir lâmpadas de luz branca com a tecnologia. A criação dos LEDs azuis desafiou os cientistas durante mais de 30 anos e o trio “teve sucesso onde todos os outros falharam”, diz o texto da academia sueca.

Os cientistas produziram os primeiros fachos de luz azul com semicondutores no início dos anos 1990. Então, Akasaki trabalhava com Amano na Universidade de Nagoia, enquanto Nakamura era funcionário de uma pequena empresa japonesa, Nichia Chemicals.

Com sua invenção, foi possível começar a produzir lâmpadas LED que emitem uma brilhante luz branca de alta durabilidade e eficiência energética e continuam a ser melhoradas, com um fluxo luminoso maior (medido em lumens) por unidade de energia consumida (medida em watts). O recorde mais recente destas lâmpadas é de pouco mais de 300 lumens por watt (lm/W), contra 16 lm/W das lâmpadas incandescentes comuns e quase 70 lm/W das fluorescentes.

“As lâmpadas incandescentes iluminaram o século XX e o século XXI será iluminado pelas lâmpadas LED”, continua o comunicado. “Como cerca de um quarto do consumo mundial de eletricidade é usado na iluminação, os LEDs contribuem para economizar os recursos da Terra. O consumo de material também é reduzido, já que os LEDs duram por até 100 mil horas, comparados com mil horas das lâmpadas incandescentes e 10 mil horas das fluorescentes”.

Ainda de acordo com a academia sueca, as lâmpadas LED também trazem a promessa de melhorar a qualidade de vida de mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo mundo que não têm acesso às redes de energia, já que seu baixo consumo de eletricidade permite que sejam alimentadas por painéis e baterias solares.

“A invenção do LED azul tem apenas 20 anos de idade, mas ela já contribuiu para a criação de luz branca de uma forma totalmente diferente que beneficia a todos nós”, conclui o comunicado.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tufão Phanfone deixa mortos e desaparecidos no Japão


Pelo menos seis pessoas morreram ou estão desaparecidas no país.
Entre as vítimas estão três militares americanos.

Altas ondas batem em barreira no porto de Kihou, no centro do Japão, nesta segunda-feira (6) (Foto: Jiji Press/AFP)

O tufão Phanfone atingiu nesta segunda-feira (6) o centro do Japão e, em sua passagem, deixou seis mortos e desaparecidos, incluindo três militares americanos, e 20 feridos.

Com ventos de 180 km/h, ondas gigantescas e chuvas torrenciais, o 18º tufão da temporada atingiu no início da manhã a principal ilha do arquipélago nipônico, Honshu, 200 km ao sudoeste da capital, segundo a Agência Nacional de Meteorologia.
Ao meio-dia o tufão atingiu Tóquio, com uma velocidade de 65 km/h. A passagem do fenômeno pela capital foi precedida por fortes chuvas, mas a situação rapidamente voltou à normalidade na cidade.

Ventos de até 198 km/h provocaram o cancelamento de 608 volos. No domingo também foram suspensos os trabalhos de resgate no Monte Ontake (centro do Japão), uma semana depois da súbita erupção vulcânica que deixou pelo menos 51 mortos.
O tufão também afetou no domingo o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 em Suzuka.

Antes do ciclone tropical atingir a região central do Japão, boa parte do país registrou tempestades durante o fim de semana, o que provocou temores de uma nova catástrofe.
A Agência Meteorológica emitiu alertas especiais ante o risco de deslizamentos de terra, inundações e ondas gigantes, principalmente no centro e oeste do Japão.
O tráfego rodoviário e ferroviário foi prejudicado e várias escolas permaneceram fechadas.

As autoridades recomendaram que centenas de milhares de pessoas abandonassem suas casas, mas poucas atenderam o conselho.

Em Shizuoka, o tufão afetou 1,7 milhão de pessoas e mais de 50.000 receberam ordem para abandonar suas residências.
A produção automotiva também foi prejudicada. As montadoras Toyota e Nissam interromperam as operações durante a manhã.
Três militares americanos foram arrastados na tarde de domingo na ilha de Okinawa (sul).
'Estavam tirando fotos das ondas gigantescas', disse um porta-voz da polícia.
O corpo de um deles foi recuperado, mas os outros dois continuam desaparecidos. O policial não soube informar se os militares estavam em missão na ilha, onde vivem muitos dos 47.000 soldados americanos mobilizados no Japão.

Um surfista de 21 anos desapareceu na região de Fujisawa, ao sudoeste de Tóquio.
Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas em todo o país, segundo o canal público NHK.
O tufão deve seguir para Fukushima (nordeste), onde a operadora da central nuclear que sofreu um grave acidente no tsunami de 2011 estava em alerta máximo.
A Tokyo Electric Power (Tepco) suspendeu todas as operações e realizava testes na central, que conserva água contaminada.

Nos últimos três meses mais de 150 japoneses morreram em desastres naturais: ciclones tropicais no sudoeste (Halong e Neoguri), trágicos deslizamentos de terra em Hiroshima em agosto (72 mortos) e a erupção do Monte Ontake (51 mortos).

Veja os famosos que se deram bem nas eleições

Romário, deputado federal do PSB, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro.
Ex-goleiro Danrlei foi deputado estadual bem votado no Rio Grande do Sul.



Romário (Foto: TSE)


Romário - O deputado federal do PSB foi eleito senador pelo Rio de Janeiro com 4,6 milhões de votos. O ex-centroavante venceu César Maia, o segundo colocado na disputa.




Danrlei (Foto: TSE)


Danrlei - O ex-goleiro do Grêmio ficou entre os candidatos a deputado federal com mais votos no Rio Grande do Sul. O deputado do PSD teve 158.520 votos e foi reeleito.




Jean Wyllys (Foto: TSE)

Jean Wyllys - O jornalista e ex-participante do reality show "Big Brother Brasil", 
deputado federal no Rio de Janeiro, teve mais de 140 mil votos. Ele foi reeleito e é do PSOL.



Tiririca (Foto: TSE)


Tiririca - Francisco Everardo, o humorista Tiririca, recebeu votos de 988.383 eleitores. O deputado federal do PR, em São Paulo, foi o segundo mais votado, com 4,82% dos votos.



Bebeto (Foto: TSE)


Bebeto - Com o nome Bebeto Tetra, o ex-atacante da seleção brasileira foi votado por 61.079 eleitores. Ele foi eleito deputado estadual pelo Solidariedade.

Cai a última oligarquia do Brasil! Flávio Dino é eleito governador do MA


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Flávio Dino, do PCdoB, foi eleito neste domingo (5) governador do Maranhão para os próximos quatro anos. Com 99% das urnas apuradas, o comunista obteve mais de 63,59% votos válidos, contra 33,62% de Lobão Filho (PMDB). O governador eleito terá como vice o deputado federal Carlos Brandão (PSDB).

A vitória marca a primeira vez em que um candidato que não é apoiado pelo Palácio dos Leões vence uma eleição para o governo maranhense, e a segunda vez em que um candidato do grupo político liderado pelo senador José Sarney (PMDB) não se elege. A outra havia sido em 2006, quando Jackson Lago (PDT) venceu Roseana Sarney, então no antigo PFL. Em 2009, Lago teve seu mandato cassado pelo TSE.

“Vamos fazer um governo bom, simples, com os pés no chão e que vai garantir que nosso estado caminhe na direção correta. Vamos enfrentar a corrupção, fazer com que os recursos sejam empregados a serviço da justiça social, tirar nosso Estado das páginas policiais. Nossa vitória é grandiosa pelos que aqui não estão como quilombolas, quebradoras de coco, jovens, conselheiros tutelares, pelas pessoas que vi no Maranhão sem ter o que calçar, sem ter o que comer, em casas de taipas. Por estas pessoas nossa vitória é grandiosa”, afirmou Dino.

Já Lobão Filho desejou boa sorte a Dino, e disse que sai da disputa mais forte: “Tive mais de 900 mil votos e agradeço a cada um desses votos que recebi. Nessa caminhada saí mais forte do que entrei, tive a oportunidade de ter apoio dos jovens, mulheres crianças, idosos. Parabenizo a vitória do candidato Flávio Dino, agora futuro governador do Maranhão que possa efetiva
Campanha
Durante a campanha Dino liderou as pesquisas por intenções de votos, de acordo com os três levantamentos divulgados pelo Ibope, nos dias 2 de outubro, 20 de setembro e 6 de setembro.

Apesar de ser apoiado pelo PSDB, Dino apresentou propostas de governo e programas muito parecidos aos da campanha da presidente Dilma Rousseff. Dentre eles estão uma versão estadual dos programas ‘mais médicos’, ‘bolsa família’ e ‘minha casa minha vida’, desenvolvidos pelo Governo Federal. Outra proposta apresentada é dobrar números de policiais em todo o Estado nos próximos quatro anos, como forma de tentar conter os problemas de segurança pública e no sistema carcerário maranhense, intensificados principalmente após 2013, com rebeliões no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e nos atentados a veículos, que acabaram sendo incendiados a mando de facções criminosas que atuam no Estado.

Confira votação dos candidatos com 99% das urnas apuradas

Flavio Dino (PCdoB): 63,59%
Lobão Filho (PMDB): 33,62%
Pedrosa (PSOL): 1,14%
Saulo Arcangeli (PSTU): 0,93%
Zeluis Lago (PPL): 0,60%
Prof. Josivaldo (PCB): 0,12%


Roberto Rocha (PSB) supera candidato dos Sarney e é eleito senador no MA

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Roberto Rocha (PSB): adversário da família Sarney no Maranhão
Dois anos após ser eleito vice-prefeito de São Luís, na chapa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC),Roberto Rocha (PSB), 49, venceu neste domingo (5) a disputa pela vaga do Maranhão no Senado Federal.

Com 100% das urnas apuradas, Rocha obteve 51,41% dos votos válidos, contra 44,67% do segundo colocado, o deputado federal e ex-ministro do Turismo Gastão Vieira (PMDB), 68, candidato apoiado pela atual governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), 61, e sua família.

 Os peemedebistas também foram derrotados na disputa para governador, com a eleição em primeiro turno de Flávio Dino (PC do B), com 63,52% dos votos válidos.


A partir do dia 1º de fevereiro do no que vem, Roberto Rocha substituirá o senador Epitácio Cafeteira (PTB), 90, e representará o Maranhão ao lado de João Alberto Souza e de Lobão Filho, 50, ambos do PMDB, eleitos em 2010.

 O segundo se elegeu como primeiro suplente do pai, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), 77, e licenciou-se do Congresso Nacional neste ano para se candidatar a governador, com o apoio de Gastão Vieira. O vice-prefeito de São Luís apoiou a candidatura de Flávio Dino (PC do B), 46, ao governo do Estado.

Corrupção e economia devem dominar debate na segunda etapa da eleição

Para analistas, oposição tentará desgastar Dilma com caso Petrobras


RIO — Em meio ao suspense das revelações a conta-gotas da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, a corrupção deve se consolidar como o tema mais frequente no debate político do segundo turno, dizem analistas ouvidos pelo GLOBO. Ainda que o escândalo do mensalão, em 2005, não tenha inviabilizado a reeleição do ex-presidente Lula um ano depois, Dilma Rousseff (PT) certamente terá no escândalo da Petrobras a maior vulnerabilidade diante do rival Aécio Neves (PSDB).

Mais do que apontar a sangria dos cofres públicos, o caso servirá também para a oposição questionar a capacidade administrativa de Dilma e desconstruir sua imagem de gestora implacável. Dilma, por outro lado, deve insistir na tentativa de resgatar o personagem da “faxina ética” do início de seu governo, enumerando suas ações de combate à corrupção.

— A discussão mais forte será sobre gestão pública. E nesse âmbito entra a corrupção — analisa a cientista política Christiane Romeo, professora do Ibmec-RJ.
A historiadora Maria Aparecida Aquino, professora da USP, acredita que, mesmo não tendo sido a corrupção uma influência decisiva nos últimos pleitos, o segundo turno pode trazer de volta a indignação das manifestações de 2013. Por outro lado, ela avalia que o movimento ficou fora da campanha porque não conseguiu amadurecer e se viabilizar no mundo da política.


— A corrupção será muito debatida. Se vai redundar em algo concreto, é outra conversa — diz Maria Aparecida. — Os políticos têm sido eleitos acima dessa temática, mas as pessoas nunca deram tanta atenção a esse assunto como agora. A prisão de políticos até pouco tempo era impensável. É um tema inevitável, que não ficará restrito ao atual governo federal, porque entrou na agenda política com mais força. Ainda que não eleja um ou derrote outro, afeta a decisão do voto.

ECONOMIA SERÁ PRINCIPAL CAMPO DE BATALHA

A reviravolta na última semana da campanha que levou Aécio Neves (PSDB) a ultrapassar Marina Silva (PSB) nas urnas restabeleceu, no segundo turno, a polarização entre petistas e tucanos. Para analistas políticos, isso deverá aumentar o peso da economia no embate entre os dois finalistas.

Na avaliação de Felipe Borba, professor de Ciência Política da UniRio, Dilma Rousseff (PT) vai insistir na estratégia de comparação entre os 12 anos de governos do PT e os oito de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), especialmente nas áreas de emprego, renda e desigualdade. Aécio, por sua vez, tentará puxar o debate para o momento atual da economia, tentando limitar a comparação entre Dilma e Lula, já que a presidente tem resultados piores nos principais indicadores em relação ao antecessor.

— Em 2006 e em 2010, os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra não conseguiram superar essa comparação, porque a conjuntura era excepcional. Hoje, existem condições diferentes, porque a situação da economia não é boa — diz Borba, para quem a convicção com que Dilma defende sua política econômica a deixará mais segura nesse campo do que no da corrupção, mesmo com o baixo crescimento econômico. — Ela não foge desse debate.

Para a cientista política Christiane Romeo, a economia terá destaque no segundo turno, porque Dilma e Aécio representam campos ideológicos claramente distintos nessa área.

— Vamos ter dois modelos bem claros em discussão: o neodesenvolvimentismo intervencionista de Dilma, cuja falta de resultados Aécio vai tentar ressaltar, e a visão liberal de Aécio, que contempla moderação dos gastos públicos. O desafio dele é mostrar como vai compatibilizar a manutenção de políticas de inclusão social com o rigor fiscal do modelo liberal, que também está em crise nos países desenvolvidos — diz.

Maria Aparecida Aquino, da USP, também avalia que Aécio terá como principal desafio convencer o eleitor de que não colocará conquistas sociais em risco. Para ela, Dilma vai tentar estabelecer uma comparação também no debate sobre as políticas de redução da pobreza e da desigualdade.

— A redução da desigualdade é uma bandeira dos governos do PT e um dos principais compromissos de Dilma. Ela foi capaz de manter alguns programas, mas não conseguiu colocar outros em plena execução. A discussão neste segundo turno será em torno de políticas efetivas para a diminuir ainda mais a desigualdade e a pobreza.
Para Felipe Borba, a discussão em torno da economia e da eficiência dos serviços públicos será aguçada, mas corre o risco de perder espaço para ataques pessoais numa disputa que promete ser acirrada.

— Há o risco de a eleição descambar para uma discussão de atributos pessoais, área nas quais os dois têm fragilidades. Uma disputa tão acirrada tende a levar os candidatos a apostar muito na desconstrução do adversário.


star Dilma com caso Petrobras

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