Quatro
membros da organização são sentenciados à morte

CAIRO - Um
tribunal egípcio condenou 14 membros da Irmandade Muçulmana à prisão perpétua e
outros quatro à morte. Entre os sentenciados, está Mohammed Badie, líder da
organização. As acusações são de incitarem violência em protestos contra o
governo. Além das condenações ao partido banido, o país incluiu o Hamas em sua
lista de organizações terroristas.
O vice-líder
Khairat el-Shater, o ex-parlamentar Mohamed el-Beltagy e o chefe político Saad
el-Katatni também foram condenados à perpétua. Três foram julgados em ausência,
assim como dois dos quatro sentenciados à morte. A alegação para a setença de
morte dos quatro foi incitar violência que resultou em mortes poucos dias antes
da queda de Mohamed Mursi.
Badie já
havia sido condenado a várias prisões perpétuas, em julgamentos muito
criticados pela comunidade internacional. Ele está preso desde 2013, quando o
Exército derrubou Mursi e o general Abdel Fattah al-Sisi se tornou presidente.
REPRESSÃO
Em janeiro,
o país havia incluído o braço armado do Hamas como organização terrorista, mas
a nova decisão deve prejudicar ainda mais as relações entre o Cairo e a Faixa
de Gaza.
"A
decisão da corte egípcia de listar o Hamas como uma organização de terror é
chocante e é perigosa, mirando o povo palestino e suas facções de
resistência", acusou o grupo em um comunicado.
Recentemente,
o Egito libertou três jornalistas da al-Jazeera detidos sumariamente por 13
meses. Eles suspostamente criaram redes ilegais de comunicação para “tentar
desestabilizar” o governo.
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