domingo, 1 de março de 2015

Egito condena líderes da Irmandade Muçulmana à prisão perpétua e considera Hamas terrorista

Quatro membros da organização são sentenciados à morte

Mohammed Badie já havia sido condenado à perpétua outras vezes Foto: Hassan Ammar / AP

CAIRO - Um tribunal egípcio condenou 14 membros da Irmandade Muçulmana à prisão perpétua e outros quatro à morte. Entre os sentenciados, está Mohammed Badie, líder da organização. As acusações são de incitarem violência em protestos contra o governo. Além das condenações ao partido banido, o país incluiu o Hamas em sua lista de organizações terroristas.

O vice-líder Khairat el-Shater, o ex-parlamentar Mohamed el-Beltagy e o chefe político Saad el-Katatni também foram condenados à perpétua. Três foram julgados em ausência, assim como dois dos quatro sentenciados à morte. A alegação para a setença de morte dos quatro foi incitar violência que resultou em mortes poucos dias antes da queda de Mohamed Mursi.

Badie já havia sido condenado a várias prisões perpétuas, em julgamentos muito criticados pela comunidade internacional. Ele está preso desde 2013, quando o Exército derrubou Mursi e o general Abdel Fattah al-Sisi se tornou presidente.

REPRESSÃO

A Irmandade Muçulmana tem sido reprimida desde a deposição de Mohamed Mursi pelas forças leais a Sisi. Ele considera a organização uma ameaça máxima ao país.
Em janeiro, o país havia incluído o braço armado do Hamas como organização terrorista, mas a nova decisão deve prejudicar ainda mais as relações entre o Cairo e a Faixa de Gaza.

"A decisão da corte egípcia de listar o Hamas como uma organização de terror é chocante e é perigosa, mirando o povo palestino e suas facções de resistência", acusou o grupo em um comunicado.


Recentemente, o Egito libertou três jornalistas da al-Jazeera detidos sumariamente por 13 meses. Eles suspostamente criaram redes ilegais de comunicação para “tentar desestabilizar” o governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria!

Total de visualizações de página