terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A quatro dias da posse, aprovação de Trump cai para 40%

Índice é o mais baixo entre os últimos três presidentes dos EUA — 44 pontos a menos do que Obama



WASHINGTON — A quatro dias de ser empossado, Donald Trump se tornará presidente dos Estados Unidos nesta sexta-feira com uma aprovação de apenas 40% — a mais baixa na comparação com qualquer presidente americano recente e 44 pontos a menos do que Barack Obama. Os dados constam na nova pesquisa da CNN/ORC, divulgada nesta terça-feira.

As impressões dos americanos sobre Trump têm piorado desde as eleições. Após uma fase conturbada, os índices de aprovação do período de transição para o governo republicano caíram seis pontos — em novembro, era de 46%.

O valor é ainda 20 pontos abaixo do que qualquer um dos três antecessores de Trump. Obama assumiu em 2009 com um índice de aprovação de 84%, enquanto 67% aprovaram a transição do também democrata Bill Clinton no final de dezembro de 1992. Pouco antes de assumir o cargo em janeiro de 2001, o republicano George W. Bush tinha aprovação de 61%.

A forma como Trump tem lidado com a transição presidencial deixou a maioria dos americanos com crescentes dúvidas sobre o desempenho do magnata uma vez que assuma a Casa Branca.

Cerca de 53% dos entrevistados dizem que as declarações e ações de Trump desde sua vitória contra Hillary Clinton nas eleições os deixaram menos confiantes na capacidade do magnata de lidar com a Presidência. Em relação à pergunta sobre se Trump será um bom presidente, o público se mostra dividido (48% de cada lado).

A pesquisa aponta ainda que a desaprovação do período de transição subiu sete pontos, alcançando 52%. Os entrevistados que pensam que o presidente eleito fará um trabalho bom caiu cinco pontos, e aqueles que dizem ter perdido a confiança na capacidade de Trump de ser presidente cresceu dez pontos.

Após a surpreendente vitória nas eleições, Trump se viu rodeado por novas polêmicas. Além de enfrentar críticas por nepotismo e conflitos de interesse, o presidente teve de responder ao vazamento de um documento que revelaria supostas atividades sexuais do republicano em Moscou e suas relações com as autoridades russas. O conteúdo do relatório, produzido por um ex-espião britânico e que circulou pela Inteligência e mídia americana, não teve sua autenticidade confirmada.

A pesquisa CNN/ORC foi realizada entre os dias 12 e 15 de janeiro com mil entrevistados adultos. Os resultados têm uma margem de erro de cerca de três pontos percentuais.


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