Índice é o
mais baixo entre os últimos três presidentes dos EUA — 44 pontos a menos do que
Obama

WASHINGTON —
A quatro dias de ser empossado, Donald Trump se tornará presidente dos Estados
Unidos nesta sexta-feira com uma aprovação de apenas 40% — a mais baixa na
comparação com qualquer presidente americano recente e 44 pontos a menos do que
Barack Obama. Os dados constam na nova pesquisa da CNN/ORC, divulgada nesta
terça-feira.
As
impressões dos americanos sobre Trump têm piorado desde as eleições. Após uma
fase conturbada, os índices de aprovação do período de transição para o governo
republicano caíram seis pontos — em novembro, era de 46%.
O valor é
ainda 20 pontos abaixo do que qualquer um dos três antecessores de Trump. Obama
assumiu em 2009 com um índice de aprovação de 84%, enquanto 67% aprovaram a
transição do também democrata Bill Clinton no final de dezembro de 1992. Pouco
antes de assumir o cargo em janeiro de 2001, o republicano George W. Bush tinha
aprovação de 61%.
A forma como
Trump tem lidado com a transição presidencial deixou a maioria dos americanos
com crescentes dúvidas sobre o desempenho do magnata uma vez que assuma a Casa
Branca.
Cerca de 53%
dos entrevistados dizem que as declarações e ações de Trump desde sua vitória
contra Hillary Clinton nas eleições os deixaram menos confiantes na capacidade
do magnata de lidar com a Presidência. Em relação à pergunta sobre se Trump
será um bom presidente, o público se mostra dividido (48% de cada lado).
A pesquisa
aponta ainda que a desaprovação do período de transição subiu sete pontos,
alcançando 52%. Os entrevistados que pensam que o presidente eleito fará um
trabalho bom caiu cinco pontos, e aqueles que dizem ter perdido a confiança na
capacidade de Trump de ser presidente cresceu dez pontos.
Após a
surpreendente vitória nas eleições, Trump se viu rodeado por novas polêmicas.
Além de enfrentar críticas por nepotismo e conflitos de interesse, o presidente
teve de responder ao vazamento de um documento que revelaria supostas
atividades sexuais do republicano em Moscou e suas relações com as autoridades
russas. O conteúdo do relatório, produzido por um ex-espião britânico e que
circulou pela Inteligência e mídia americana, não teve sua autenticidade
confirmada.
A pesquisa
CNN/ORC foi realizada entre os dias 12 e 15 de janeiro com mil entrevistados
adultos. Os resultados têm uma margem de erro de cerca de três pontos
percentuais.
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