
Em meio a
uma grave crise carcerária, com ao menos 119 presos mortos em três grandes
massacres nas regiões Norte e Nordeste, o presidente Michel Temer decidiu
colocar as Forças Armadas à disposição dos governadores para atuar em
presídios. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo porta-voz do
governo federal, Alexandre Parola.
Segundo
Parola, as novas medidas de apoio surgem após a intensificação da barbárie nos
presídios brasileiros. “É fato que a crise ganhou contornos nacionais, que
exigem a ação extraordinária atuação do governo federal”, afirmou.
A decisão
foi tomada durante reunião com representantes de órgãos de inteligência federal
e ministros para discutir ações contra a violência nos presídios e a atuação de
facções criminosas dentro das penitenciárias. Haverá também, segundo Parola,
comunicação “ainda mais próxima” com os setores de inteligência dos Estados
para conter as facções.
“O
presidente da República coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das
Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é
oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em
penitenciárias”, afirmou Parola. Segundo ele, os militares atuarão em inspeções
para apreensão de materiais proibidos nos presídios. Os governadores deverão
aceitar a cooperação das Forças Armados, que ficarão sob responsabilidade do
Ministério da Defesa.
Até agora, o
governo Temer tem disponibilizado apenas apoio da Força Nacional de Segurança,
corporação formada por policiais militares cedidos pelos estados. Entre as
unidades da federação que contam com esse apoio estão Amazonas – palco de 60
mortes de presos em rebeliões – e Roraima – onde 33 detentos foram mortos-, nos
dois casos em episódios com intensa participação de facções criminosas, como
Primeiro Comando da Capital (PCC) e Família do Norte (FDN).
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