Advogado e
administrador de empresas, Antônio Guimarães voa hoje de São Luís a Carolina,
uma distância de 857km, em ultraleve fabricado por ele mesmo no Maranhão.

O advogado
aposentado Antônio Joaquim Carvalho Guimarães soube literalmente dar asas a um
sonho de infância, e ao longo de três anos coordenou a construção do
"Celebration" (celebração, em inglês), aeronave leve esportiva (AEL)
também conhecida como ultraleve. Hoje, o comandante Guimarães vai atravessar o
estado a bordo da própria criação, paraparticipar de um encontro de
ultraleves na cidade de Carolina.
De acordo com ele, o encontro dura até
domingo e será uma reunião de amigos,
provenientes de diversas cidades do país, mas que têm em comum a paixão pelos
voos. O piloto estima em cerca de quatro horas o tempo necessário para
percorrer os 857 quilômetros que separam Carolina da capital maranhense, com a
previsão de uma breve escala em Santa Inês para juntar-se a um grupo de amigos
e prosseguir a viagem.
Mas esse percurso não representa o mais longo a bordo de
um ultraleve na carreira do piloto, que já levou sete horas para chegar à
cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, com duas escalas no trajeto.
Atual presidente do Aeroclube de São Luís, o comandante Guimarães é também administrador de empresas e contador. "Inclusive de estórias", afirma com bom humor. "A aviação foi uma coisa que aconteceu na minha vida e não saiu mais", diz o advogado, que começou a lidar com aeromodelismo aos 12 anos.
Atual presidente do Aeroclube de São Luís, o comandante Guimarães é também administrador de empresas e contador. "Inclusive de estórias", afirma com bom humor. "A aviação foi uma coisa que aconteceu na minha vida e não saiu mais", diz o advogado, que começou a lidar com aeromodelismo aos 12 anos.
O ingresso na Força Aérea Brasileira (FAB), na função de mecânico,
ocorreu no início da década de 1960, antes de se matricular em um curso de
oficiais e seguir carreira na aviação. Com a chegada dos primeiros ultraleves
ao Brasil, por volta de 1985, o comandante Guimarães já não trabalhava mais
como piloto comercial, e começou a reunir os conhecimentos daquele tipo de
aeronave, que mais tarde resultariam na produção do Celebration.
O nome da
criação, além de significar a própria celebração do sucesso, foi emprestado de
uma cidade homônima nos Estados Unidos, próxima de Orlando, que segundo o
comandante teve uma forte associação com o projeto do ultraleve.
O piloto afirma que foi apenas o pai da ideia de construir a aeronave, mas que a empreitada se realizou com o apoio de dois amigos. Com 30 anos de experiência como chapeador, mestre Arlindo foi o responsável pela primeira parte do trabalho de montagem, enquanto a Paulo Azevedo, carpinteiro de profissão, coube a instalação dos instrumentos de navegação, estruturas hidráulica e elétrica, montagem de asas, comandos, além do acabamento do Celebration.
Cada peça foi moldada e confeccionada pela própria equipe envolvida. Com 9,80m de envergadura e pesando 380 kg, o Celebration foi fabricado com alumínio aeronáutico e fibra, e tem capacidade para duas pessoas.
O piloto afirma que foi apenas o pai da ideia de construir a aeronave, mas que a empreitada se realizou com o apoio de dois amigos. Com 30 anos de experiência como chapeador, mestre Arlindo foi o responsável pela primeira parte do trabalho de montagem, enquanto a Paulo Azevedo, carpinteiro de profissão, coube a instalação dos instrumentos de navegação, estruturas hidráulica e elétrica, montagem de asas, comandos, além do acabamento do Celebration.
Cada peça foi moldada e confeccionada pela própria equipe envolvida. Com 9,80m de envergadura e pesando 380 kg, o Celebration foi fabricado com alumínio aeronáutico e fibra, e tem capacidade para duas pessoas.
Os dois tanques de 75
litros de gasolina de aviação garantem uma autonomia de sete horas e meia de
voo. O motor de
fabricação austríaca permite que a aeronave alcance até 176 Km/h. O comandante
acredita que hoje a experiência em ter montado o Celebration diminuiria para
apenas um ano o tempo de realização da tarefa.
Esclarecendo a diferença entre os aviões e os chamados ultraleves, o comandante Guimarães disse a O Imparcial que a produção do segundo tipo de aeronave não requer as certificações de fábrica exigidas por normas internacionais, como ocorre com os aviões.
Esclarecendo a diferença entre os aviões e os chamados ultraleves, o comandante Guimarães disse a O Imparcial que a produção do segundo tipo de aeronave não requer as certificações de fábrica exigidas por normas internacionais, como ocorre com os aviões.
Em geral, a montagem de um ultraleve é feita a partir de kits
com as peças disponíveis no mercado, ou consiste em adaptações de modelos já
existentes, de acordo com as necessidades e criatividade do montador. Por esse
motivo, não há patentes ou a fabricação em escala de um mesmo modelo de
ultraleve, cujo objetivo tem caráter unicamente recreativo.
Mas o comandante não pretende parar depois de ter construído a primeira aeronave de fabricação maranhense. Atualmente, ele está empenhado em montar um outro modelo, depois de ter adquirido um kit de montagem de uma fábrica de São Paulo. "Velho não pode ficar em casa esperando a hora da morte", declarou decidido, enquanto se preparava para a viagem a Carolina.
Mas o comandante não pretende parar depois de ter construído a primeira aeronave de fabricação maranhense. Atualmente, ele está empenhado em montar um outro modelo, depois de ter adquirido um kit de montagem de uma fábrica de São Paulo. "Velho não pode ficar em casa esperando a hora da morte", declarou decidido, enquanto se preparava para a viagem a Carolina.
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