Partido
discute fechar questão, recomendando licenciamento da sigla a quem for integrar
ministérios

BRASÍLIA -
Dirigentes do PSDB podem radicalizar a decisão de impedir a participação em
cargos no eventual governo de Michel Temer. Apesar da certeza do apoio
institucional e congressual, existe a possibilidade de fechar questão no
partido contra a ideia de integrar o governo, limitando-se a participação tucana
ao senador José Serra (SP) em alguma pasta. Também será discutido na reunião da
Executiva, que acontece na terça-feira, punição para quem receber o convite e
aceitar em caráter pessoal. Neste caso, o convidado teria de se licenciar da
legenda e não voltar para disputar vaga de candidato à presidência em 2018.
A proposta
de que o PSDB feche a questão contra a participação em cargos foi feita nesta
sexta-feira pelo líder no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). O secretário geral ,
deputado Silvio Torres (SP), diz que haveria também “conflito de interesses” se
o PSDB estivesse formalmente no governo. A sigla está com ação impetrada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode resultar na impugnação da chapa
Dilma/Michel Temer.
Segundo
Silvio Torres o PSDB tem projeto com propostas próprias, derrotado em 2014, mas
que será mantido para 2018. E a ida de presidenciáveis, seja do PSDB ou outro
partido para o ministério de Temer, pode desequilibrar o jogo para 2018.
- Para
conseguir o apoio de todos os partidos, Michel não pode levar presidenciáveis
para sua equipe de ministros, senão desequilibra o jogo para 2018. Se insistir,
vai ter que dar um ministério para o Serra, um para o Geraldo, outro pro Beto
Richa, para o Marconi e outro para o Aécio. Ele não tem como acomodar todo
mundo - disse o secretário geral do PSDB.
A reunião da
Executiva nacional do PSDB, com participação de governadores, acontecerá na
terça-feira pela manhã. À tarde, a reunião será com a bancada da Câmara e
Senado para discutir também estratégias da votação do impeachment no Senado.
- Vamos dar
todo apoio para tirar o Brasil da crise, mas teremos uma posição para que não
paire dúvidas sobre o projeto próprio do PSDB. Discutiremos eventuais convites
em caráter pessoal. Quem tiver cargo no ministério, tem que estar totalmente
fechado com o governo, mas o PSDB pode não concordar com 100% - explicou
Torres.
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