terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Sangue jovem pode aliviar sintomas de Alzheimer, dizem cientistas

 Experimento em Stanford teve bons resultados em animais e é tratado com entusiasmo para 2016




RIO — A crença popular de que o sangue de pessoas jovens pode rejuvenescer um corpo humano de maior idade pode não estar tão longe da realidade. Para 2016, os primeiros resultados de um estudo da Escola de Medicina de Stanford que deu sangue novo a pessoas com Alzheimer em estado de avanço médio e moderado renovam a esperança de que a medida alivie os sintomas da doença.

Segundo pesquisadores, há uma boa razão para acreditar que isso aconteça. Anos de experiência em animais mostraram que uma infusão de sangue jovem em ratos mais velhos pode melhorar aspectos prejudicados pela idade avançada, como memória, aprendizado e tenacidade física, além da saúde de diversos órgãos. O experimento fez até com que eles tivessem uma aparência mais jovem.

Tony Wyss-Coray, que está liderando o estudo, alerta que o procedimento ainda é bastante experimental, mas que a equipe espera ver melhoras imediatas na cognição. As primeiras pessoas que fizeram parte do procedimento receberam a infusão em 2014, por transfusão de sangue doado por voluntários com 30 anos ou menos.

— Quando a equipe responsável pelo experimento injetou o sangue humano nos roedores, viu efeitos impressionantes.

No entanto, Wyss-Coray aconselha que se evite considerar clínicas que já tenham começado a oferecer uma maneira de reverter os anos de forma similar ao que eles ainda verificam.


O que torna o sangue novo revitalizante ainda é desconhecido, mas opções estão sendo estudadas. Por enquanto, a transfusão de sangue novo pode reverter deterioração cardíaca em ratos mais velhos, um efeito que pode ser simulado dando ao animal uma substância chamada GDF11 — um fator de crescimento que cai no sangue com a idade.

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