
RIO — A
crença popular de que o sangue de pessoas jovens pode rejuvenescer um corpo
humano de maior idade pode não estar tão longe da realidade. Para 2016, os
primeiros resultados de um estudo da Escola de Medicina de Stanford que deu
sangue novo a pessoas com Alzheimer em estado de avanço médio e moderado
renovam a esperança de que a medida alivie os sintomas da doença.
Segundo
pesquisadores, há uma boa razão para acreditar que isso aconteça. Anos de
experiência em animais mostraram que uma infusão de sangue jovem em ratos mais
velhos pode melhorar aspectos prejudicados pela idade avançada, como memória,
aprendizado e tenacidade física, além da saúde de diversos órgãos. O
experimento fez até com que eles tivessem uma aparência mais jovem.
Tony
Wyss-Coray, que está liderando o estudo, alerta que o procedimento ainda é
bastante experimental, mas que a equipe espera ver melhoras imediatas na
cognição. As primeiras pessoas que fizeram parte do procedimento receberam a
infusão em 2014, por transfusão de sangue doado por voluntários com 30 anos ou
menos.
— Quando a
equipe responsável pelo experimento injetou o sangue humano nos roedores, viu
efeitos impressionantes.
No entanto,
Wyss-Coray aconselha que se evite considerar clínicas que já tenham começado a
oferecer uma maneira de reverter os anos de forma similar ao que eles ainda
verificam.
O que torna
o sangue novo revitalizante ainda é desconhecido, mas opções estão sendo
estudadas. Por enquanto, a transfusão de sangue novo pode reverter deterioração
cardíaca em ratos mais velhos, um efeito que pode ser simulado dando ao animal
uma substância chamada GDF11 — um fator de crescimento que cai no sangue com a
idade.
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