terça-feira, 7 de outubro de 2014

Inventores das lâmpadas LED azuis ficam com o Nobel de Física de 2014



Trabalho de trio de cientistas de origem japonesa permitiu mudar a iluminação mundial com menor consumo de energia e mais durabilidade

Isamu Akasaki, 85, professor da Universidade de Meijo; Hiroshi Amano, 54, professor da Universidade de Nagoya e Shuji Nakamura, 60, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara ganharam o Nobel de Física pela invenção de lâmpadas LED azuis Foto: AP
Isamu Akasaki, 85, professor da Universidade de Meijo; Hiroshi Amano, 54, professor da Universidade de Nagoya e Shuji Nakamura, 60, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara ganharam o Nobel de Física pela invenção de lâmpadas LED azuis - AP

RIO – A invenção de lâmpadas LED azuis deu a um trio de cientistas de origem japonesa o Nobel de Física deste ano. O trabalho de Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura permitiu mudar a forma como iluminamos o mundo, com mais economia de energia e durabilidade. Eles vão dividir igualmente um prêmio de 8 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,1 milhão)


“No espírito de Alfred Nobel, o prêmio recompensa uma invenção com grande benefício para a Humanidade”, destacou a Real Academia de Ciências da Suécia em comunicado sobre a escolha.

Embora já existissem lâmpadas LED (sigla em inglês para “diodos emissores de luz”) vermelhas e verdes há algum tempo, foi só com a chegada das azuis que se tornou possível produzir lâmpadas de luz branca com a tecnologia. A criação dos LEDs azuis desafiou os cientistas durante mais de 30 anos e o trio “teve sucesso onde todos os outros falharam”, diz o texto da academia sueca.

Os cientistas produziram os primeiros fachos de luz azul com semicondutores no início dos anos 1990. Então, Akasaki trabalhava com Amano na Universidade de Nagoia, enquanto Nakamura era funcionário de uma pequena empresa japonesa, Nichia Chemicals.

Com sua invenção, foi possível começar a produzir lâmpadas LED que emitem uma brilhante luz branca de alta durabilidade e eficiência energética e continuam a ser melhoradas, com um fluxo luminoso maior (medido em lumens) por unidade de energia consumida (medida em watts). O recorde mais recente destas lâmpadas é de pouco mais de 300 lumens por watt (lm/W), contra 16 lm/W das lâmpadas incandescentes comuns e quase 70 lm/W das fluorescentes.

“As lâmpadas incandescentes iluminaram o século XX e o século XXI será iluminado pelas lâmpadas LED”, continua o comunicado. “Como cerca de um quarto do consumo mundial de eletricidade é usado na iluminação, os LEDs contribuem para economizar os recursos da Terra. O consumo de material também é reduzido, já que os LEDs duram por até 100 mil horas, comparados com mil horas das lâmpadas incandescentes e 10 mil horas das fluorescentes”.

Ainda de acordo com a academia sueca, as lâmpadas LED também trazem a promessa de melhorar a qualidade de vida de mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo mundo que não têm acesso às redes de energia, já que seu baixo consumo de eletricidade permite que sejam alimentadas por painéis e baterias solares.

“A invenção do LED azul tem apenas 20 anos de idade, mas ela já contribuiu para a criação de luz branca de uma forma totalmente diferente que beneficia a todos nós”, conclui o comunicado.

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