domingo, 1 de abril de 2012

DEM definirá futuro de Demóstenes Torres nesta segunda-feira

O presidente nacional da legenda, senador José Agripino Maia, disse que é necessária “uma solução urgente”


iG Brasília* | 01/04/2012 18:19


A executiva nacional do Democratas (DEM) definirá nesta segunda-feira o destino político do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O presidente nacional da legenda, o senador José Agripino Maia (DEM-RN), confirmou neste domingo ao iG que o partido pretende adotar “providências urgentes”, para evitar um maior desgaste da legenda.

 
Foto: Agência Brasil
 
 
Demóstenes Torres (DEM-GO): abandonado pelo partido
Na quinta-feira passada, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra do sigilo bancário de Demóstenes por suspeita de envolvimento com o empresário do ramo de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal (PF). Neste final de semana, gravações telefônicas da PF divulgadas na imprensa confirmam que Demóstenes utilizou seu mandato para beneficiar Carlinhos Cachoeira.

De acordo com José Agripino Maia, o DEM não pode mais sofrer mais desgastes após essas novas denúncias. “Precisamos de uma solução urgente”, disse Maia. “Vamos conversar, ouvir o senador e tomar uma atitude”, prometeu. Oficialmente, o presidente nacional do partido ainda não fala em processo de expulsão, mas essa é uma possibilidade que não foi descartada. Outra saída é convencer Demóstenes a sair espontaneamente do partido.

Reportagem da revista Época deste sábado, com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, revelou que Demóstenes pediu ajuda de Cachoeira para que um amigo vencesse uma licitação em Mato Grosso. O certame era para a exploração de serviços de marketing relacionados à Copa do Mundo. Ainda segundo a Veja, Demóstenes também utilizou o cargo de senador para resolver pendências do laboratório Vitapan na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cachoeira é um dos donos da empresa.

Após as novas denúncias, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pediu a cassação imediata do senador democrata. No senado, apesar do PSOL ter pedido a abertura de processo de cassação contra o democrata, qualquer ação somente pode ser tomada após a escolha do novo presidente do Conselho de Ética da casa, que deve ocorrer no dia 10 de abril.

(Com informações da Agência Brasil e Agência Estado)

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