A Polícia
do Maranhão já prendeu quatro pessoas, sob a acusação de envolvimento
no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá.
A informação foi confirmada na manhã de
hoje (26) ao Jornal Pequeno pelo secretário estadual de Segurança
Pública, Aluísio Mendes (foto), que preferiu não informar mais detalhes
sobre as prisões.
O secretário (foto ao lado) afirmou que
qualquer nome só será revelado à imprensa quando as investigações
comprovarem a participação dos suspeitos no crime.
Décio Sá foi morto com seis tiros –
quatro deles na cabeça – de pistola ponto 40 (de uso exclusivo da
polícia), no fim da noite de segunda-feira (23), no bar Estrela do Mar,
na Avenida Litorânea.
O secretário Aluísio Mendes também desmentiu, ao JP,
notícia publicada hoje no jornal carioca O Globo, de que a polícia já
teria identificado um ex-presidiário que seria comparsa do pistoleiro
que assassinou Décio.
Segundo Mendes, a investigação ainda está
na fase inicial, de ouvir depoimentos de testemunhas, confeccionar um
retrato falado do pistoleiro e analisar as imagens de câmeras instaladas
nos prédios próximos ao local em que o matador desceu da garupa da moto
que lhe deu fuga e entrou num carro.
A polícia também aguarda o resultado de
análise, por parte da Polícia Federal, das impressões digitais deixadas
num carregador de munição que o criminoso deixou cair durante a subida
numa duna da Litorânea.
“Também vamos poder localizar a origem da
arma pelo número de série do carregador e identificar o lote de munição
de onde saíram as balas que mataram o jornalista”, disse Mendes.
A polícia do Maranhão ainda não revelou
se já há um suspeito de mandar executar Décio Sá, mas, segundo o
secretário Aluísio Mendes, o crime foi “encomendado e meticulosamente
planejado”.
Em seu blog, Décio Sá denunciava tanto
casos de pistolagem e corrupção como também escrevia sobre a vida
pessoal de vários políticos e personalidades maranhenses.
A polícia também tem sido subsidiada por
um grande número de informações, recebidas diariamente pelo Disque
Denúncia do Maranhão, que até a tarde de ontem (25) já havia
contabilizado 27 ligações.
O serviço está oferecendo R$ 100 mil por
pistas que levem aos autores do crime. A recompensa só é equiparada à
oferecida pelo Disque Denúncia do Rio de Janeiro, no início dos anos
2000, na busca do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso em 2002.
O assassinato de Décio Sá provocou
manifestações de indignação de várias entidades jornalísticas – como a
Associação Brasileira de Imprensa, a Repórteres Sem Fronteiras e o
Sindicato dos Jornalistas de São Luís –, que cobraram a rigorosa
apuração do caso e a aprovação no Congresso Nacional de projeto de lei
que federaliza os crimes cometidos contra os profissionais de
comunicação.
Jornal Pequeno
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