Promotor de Justiça Eliardo Cabral - Foto: Revista Opinião
O promotor de Justiça Eliardo Cabral, que acompanha as investigações da morte da universitária Fernanda Lages, afirmou em entrevista exclusiva ao PortalODIA.com na manhã desta terça-feira (4) que, nos próximos dias, haverá uma reviravolta no caso.
Segundo ele, a qualquer momento, podem surgir fatos novos, que irão apontar para uma personalidade muito mais importante do que pensou inicialmente.
"Nós não descartamos a possibilidade de virar a metralhadora giratória, que pode virar 180°. Vamos tirar de um figurão para botar noutro maior", disse.
Perguntado de quem se trata, o promotor limitou-se a dizer: "Em linhas gerais, trabalha em uma casa bonita, tem uma posição boa; tem muita gente querendo chegar à posição em que ele está. É uma posição privilegiada".
Cabral acrescentou que irá falar de quem se trata tão logo consiga as provas necessárias. "Nós estamos cavando fundo para chegar a esse fato, a essa prova. Na hora que chegar, eu não vou segurar, não. Eu vou falar. Eu vou conversar com a Procuradora (Procuradora-Geral de Justiça, Zélia Saraiva Lima). Vou dizer a ela: Doutora, se segure, porque vai ter uma reviravolta muito grande. Eu já estou por tudo e na hora que estiver com os dados na mão, com as provas desse cabra, eu vou falar".
Para o promotor, quem matou Fernanda é capacho ou pau mandado do tal 'figurão'. "Nós passaremos para essa outra vertente esses dias. O que muda? Muda no tocante à expectativa de chegar, não aos dois homens que estavam na cena do crime - que esse negócio está tranquilo, esses dois aí, nós não temos problema nenhum, não temos dificuldade nenhuma -, agora, se encerrar aí, pegaram os dois mas nunca triscaram naquela figura", destacou.
O promotor Ubiraci Rocha, que também participava da entrevista, complementou: "Não aparecendo nesses exames nenhum dos 'pequenos', outras pessoas serão chamadas, de fora da obra".
Mais uma vez, o promotor Eliardo Cabral deixou claro que há uma "prática imoral" como pano de fundo do crime. "Eu não diria que há um crime maior, mas uma prática imoral envolvendo as pessoas que decidiram tirar a vida da Fernanda". O promotor ainda deixou uma mensagem para o mandante : "Viu o que foi que deu tu levar uma vida de orgia e bacanal com essas menininhas?". E acrescentou: "Esse homem é viciado em bacanal. Meninas novas e bonitas".
Os promotores consideram alguns elementos, como o telefone de Fernanda, irrelevantes para a elucidação do crime. Para eles, os contatos com a jovem eram estabelecidos pessoalmente. Por outro lado, acreditam que os exames a serem realizados na Paraíba comparando o DNA de alguns suspeitos com materiais biológicos encontrados no local do crime serão decisivos, inclusive, para se chegar ao mandante. "Após a identificação dos dois que estavam na cena do crime - creio que eles não são profissionais do crime, não são pistoleiros, que morrem sem delatar -, vão abrir o bocão, vão falar tudo", pontuou Cabral.
Fonte: Portal O Dia
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