O ministro da Informação da Síria rejeitou neste domingo (12) as alegações turcas que acusaram seu país por estar por trás de dois carros-bomba que mataram 43 pessoas na Turquia e feriram outras dezenas, segundo a agência de notícias Associated Press.
O ministro da Informação, Omran al-Zoubi, em entrevista coletiva, disse que "ninguém tem o direito de fazer acusações falsas". Ele também afirmou que "este não é o comportamento do governo sírio."
Os comentários feitos por Zoubi foram a primeira resposta oficial da Síria desde os ataques de sábado (11) na cidade fronteiriça turca de Reyhanli, perto da Síria. O atentado alimenta temores de que a guerra civil na Síria esteja se espalhando em direção a seus vizinhos, apesar dos renovados esforços diplomáticos para dar fim à violência que já tirou a vida de mais de 70 mil pessoas, segundo a agência de notícias Reuters.
A Turquia apoia a revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad, agora em seu terceiro ano, e já acolheu refugiados e rebeldes sírios.O ataque foi anunciado como uma explosão com quatro mortos. As bombas atingiram ruas lotadas no início da tarde em Reyhanli, explodindo carros e blocos de concreto na cidade no sul da província turca de Hatay, lar de milhares de refugiados sírios.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou não haver coincidência entre os ataques na cidade de Reyhanli num momento em que há esforços diplomáticos para acabar com a intensificação do conflito.
"Talvez haja pessoas que queiram sabotar a paz na Turquia, mas não vamos permitir que isso ocorra", disse Davutoglu a repórteres durante visita a Berlim. "Ninguém deveria testar o poder da Turquia. Nossas forças de segurança farão tudo o que for necessário".
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