quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

‘Imaginamos que nunca veríamos este momento’, diz presidente Dilma, sobre aproximação de Cuba e EUA

Em encontro da cúpula do Mercosul, na Argentina, presidentes aplaudem decisão histórica


PARANÁ, ENTRE RIOS, ARGENTINA - Os governos do Mercosul comemoraram nesta quarta-feira a normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos, durante a cúpula de presidentes do bloco, realizada na cidade argentina de Paraná, a 500 quilômetros de Buenos Aires, que conta com a participação da presidente Dilma Rousseff.

— Para nós, lutadores sociais, hoje é um dia histórico. Imaginamos que nunca veríamos este momento. Mando uma saudação ao presidente Raúl Castro, ao presidente Barack Obama e, sobretudo, ao Papa Francisco por ter sido um dos fatores mais importantes nesta histórica aproximação — disse Dilma.

Na opinião da presidente, isto vai marcar uma mudança para a civilização.

— Assumo (a presidência pro tempore do Mercosul) com a certeza de que isto vai nos inspirar ainda mais em nossas relações, como países vamos nos comprometer ainda mais (com a integração). Como disse o presidente Mujica: “ou estamos juntos, ou vencidos”.

A presidente da Argentina e anfitriã do encontro, Cristina Kirchner, felicitou o povo e governo cubano pela decisão histórica.

— Para nós que temos cabelos brancos, alguns tingimos o cabelo, mas os temos, a verdade é que este é um momento histórico — disse a presidente argentina, Cristina Kirchner, anfitriã do encontro.

— Mandamos uma imensa saudação e expressamos todo o nosso respeito ao povo cubano e ao governo, que soube manter seus ideais e hoje com absoluta dignidade normaliza suas relações com os Estados Unidos — declarou a chefe de Estado.
Cristina e todos os presidentes aplaudiram a histórica decisão dos governos de Cuba e dos EUA.

— Quando os povos tem vontade e são conduzidos por dirigentes que não os traem conseguem alcançar seus objetivos — enfatizou a presidente argentina.
Já o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, grande crítico do governo dos Estados Unidos, elogiou Obama.

— Deve ser reconhecido o gesto de valentia de Obama e este gesto talvez seja a principal decisão de seu governo — afirmou Maduro.

Cristina também lembrou durante a cúpula que o Papa teve uma papel fundamental na aproximação entre Cuba e Estados Unidos, e que hoje era o aniversário do pontífice.
Maduro então disse:

— Um bom presente de aniversário para o Papa Francisco.






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