quarta-feira, 24 de abril de 2013

Reforma administrativa de Haddad é aprovada após confusão na Câmara



A proposta de reforma administrativa apresentada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) foi aprovada em primeira votação nesta quarta-feira (24) por 39 votos a favor, nove contra e duas abstenções.
 
Dalton Silvano e Gilson Barreto discutem após troca de empurrões entre vereadores (Foto: Roney Domingos/G1)

Houve discussões acaloradas e empurra-empurra entre vereadores na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto com centenas de páginas foi protocolado na segunda-feira (22). Para virar lei, ainda depende da aprovação em uma segunda votação e sanção do prefeito.

O texto do projeto prevê a criação oficial das secretarias municipais de Promoção da Igualdade Racial, Relações Governamentais, Licenciamento, Políticas para as Mulheres, Controladoria Geral do Município (CGM) e Subprefeitura de Sapopemba. Foi aprovada emenda do vereador Police Neto (PSD) instituindo conselho participativo nos distritos, cada um com nove integrantes, eleitos por via direta.

"Eu percebi que o Gilson ficou como pescoço vermelho e deu um turgimento na jugular dele. Eu como médico abracei ele e falei: "meu, não vale a pena expor a saúde ao risco. O Trípoli interpretou como se eu tivesse tirado partido ou agredido e me empurrou para me retirar de lá. Mas já nos acertamos. Foi pedido desculpas. Nem precisava pedir desculpas que foi coisa do passado. A gente é de bem, a gente não gosta de briga", disse Calvo.Um dos momentos mais tensos da sessão começou quando o vereador Rubens Calvo (PMDB) riscou o próprio nome na lista de inscritos para falar, em um momento preliminar da sessão. A partir de então, o tucano Gilson Barreto chamou um integrante da oposição para falar. Dalton Silvano (PV) protestou e iniciou-se uma discussão entre os dois. Calvo interferiu para retirar Gilson da discussão e dz ter sido empurrado por Roberto Tripoli.

Roberto Tripoli colocou panos quentes e negou ter ocorrido briga. "Houve uma discussão entre o vereador Dalton Silvano e o vereador Gilson Barreto. Os dois são amigos. Os dois já foram do mesmo partido. Conheço os dois há muitos anos. Eles podem gritar, mas eles não brigam", afirmou Tripoli.

"E teve um vereador que interferiu achando que tinha briga e eu retirei o vereador de lá dizendo: 'pode deixar que os dois não vão brigar. O Dalton e o Gilson não se pegam. E o vereador Rubens entrou no meio para retirar o vereador Gilson para retirar ele da briga, como se tivesse briga. Eu disse a ele: 'sai, não existe briga'. Pode ser que no tropeção encostou. Todo dia tem uma discussão áspera. Sempre tem. Eu da minha forma italiana que vocês todos conhecem tentei resolver o assunto da melhor forma possível", disse Tripoli.

Teor da reforma
O líder do PSDB, Floriano Pesaro, afirmou que a situação é grave porque o PT está criando mais de 600 cargos, o que vai gerar um gasto adicional de quase R$ 25 milhões. Ele disse que também identificou no projeto redução da exigência de qualificação técnica.

"Isso evidentemente é para empregar a companheirada que não tem qualificação técnica", afirmou. O PSDB estuda apresentar uma proposta alternativa completa ao projeto. "Esse projeto é de aparelhamento do estado", afirmou. "Vamos encaminhar ao Ministério Público para que ele possa avaliar", afirmou.

O líder do governo, Arselino Tatto, disse que que o projeto cria 348 cargos e extingue mais de 500. "São cargos necessários para botar em funcionamento secretarias que já foram criadas", afirmou.


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