sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sequestros na França terminam com 3 terroristas e 4 reféns mortos

Operações policiais simultâneas encerraram nesta sexta-feira (9), por volta das 17h (14h em Brasília) dois sequestros que estavam em andamento na França. Os irmãos Chérif e Said Kouachi, suspeitos do massacre no jornal "Charlie Hebdo", e Amedy Coulibaly, um sequestrador que mantinha reféns em um mercado em Paris, foram mortos.

Momento do ataque policial para invadir o mercado kosher onde pessoas eram feitas reféns foi captado por vídeo da France Presse (Foto: Gabrielle Chatelain/AFP)

Procurados pela polícia, os dois supostos autores do atentado ao jornal se entrincheiraram com um refém em uma pequena empresa em Dammartin-en-Goële, a 40 km de Paris, após um tiroteio com as forças de segurança. Eles acabaram mortos ao fim do cerco, quase 50 horas após o ataque à sede do semanário de humor parisiense, onde fizeram 12 vítimas.

No mercado judaico de Porte de Vincennes, quatro reféns que eram mantidos por Amedy Coulibaly morreram. Outras pessoas que estavam no mercado foram libertadas com vida. Coulibaly também é suspeito de ter matado uma policial no dia anterior. Ele teria afirmado estar "sincronizado" com os irmãos suspeitos do ataque ao jornal.
Três policiais ficaram feridos na operação em Vincennes, e outro ficou ferido em Dammartin-en-Goële, de acordo com os jornais locais.

A polícia procura agora uma mulher de 26 anos, Hayat Boumeddiene, por associação com Amedy Coulibaly, o sequestrador que foi morto no mercado de Vincennes. O "Le Monde" afirma que Boumeddiene, que seria namorada do suspeito, não estava presente no sequestro.
Ela se relacionava com Coulibaly desde 2010 e é considerada suspeita de agir junto com o parceiro na morte a tiros da policial Clarissa Jean-Phillipe na quinta-feira (8), segundo o jornal francês.
Em mensagem de áudio à TV BMFTV, Coulibaly disse que estava "sincronizado" com os suspeitos do ataque ao "Charlie Hebdo". Em pronunciamento nacional após a ação policial, o presidente francês, François Hollande, disse que a França conseguiu enfrentar o atentado terrorista, mas que as ameaças ao país não acabaram.

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