quarta-feira, 26 de junho de 2013

Guarda de Campinas usará lançador belga com tinta para marcar vândalos

Após três atos pacíficos que terminaram com uma minoria praticando depredações e saques em Campinas (SP), a Secretaria Municipal de Segurança anunciou nesta quarta-feira (26) que guardas municipais vão usar lançadores FN 303, de origem belga, com munições não letais, movido a ar comprimido. Segundo o secretário da pasta Luiz Augusto Baggio, a medida tem o objetivo de marcar e identificar os vândalos para facilitar a prisão pela Polícia Militar. A Guarda possui três unidades e passa a utilizar o equipamento nas ruas durante as manifestações. "Esta é uma arma para controle de distúrbios, mas a prioridade é marcação de vândalos e para neutralizar os indivíduos", aponta o inspetor da GM Willer Silva.
A arma de uso militar utiliza quatro tipos de munição, sendo que duas delas são carregadas com tinta, usadas para identificar infratores. A terceira tem efeito de impacto e a outra leva uma carga de gás de pimenta. De acordo com as autoridades, as munições não oferecem perigo à integridade física, apenas causa um impacto superficial. "Esta arma lança uma munição mais concentrada, e mais concentrada do que aquelas armas de paintiball", completa o inspetor.
O inspetor da GM de Campinas Willer Silva com o lançador FN 303  (Foto: Luciano Calafiori/G1)
Mais policiais
Um reforço na segurança também foi anunciado durante uma reunião entre representantes da GM, Polícia Militar e Polícia Civil. No total, o efetivo nas ruas durante os protestos será de 500 policiais militares e 120 guardas. Uma blitz policial será feita durante os protestos na tentativa de prender os suspeitos de saquear lojas, praticar depredações de patrimônios particulares e públicos. Os detidos serão levados para o 5° Distrito Policial, Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e os menores infratores para a Delegacia de Infância e Juventude (Dije). "Vamos tentar enquadrar os vândalos no maior número de crimes e com fianças altas", promete o delegado Seccional José Rolim Neto.
O principal prejuízo foi verificado na quinta-feira, primeiro dia do protesto na cidade. Alguns estabelecimentos foram saqueados ou tiveram suas fachadas danificadas.
Prejuízos
Com três grandes manifestações nas ruas de Campinas desde a quinta-feira (20), a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) estima que os prejuízos  foram de R$ 10 milhões. Ainda segundo a entidade, o valor ligado diretamente aos atos de vandalismo é de R$ 2,5 milhões. O restante é referente ao que deixou de ser faturado, com a dispensa mais cedo de funcionários e o fechamento das lojas antecipadamente.

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