seg,
02/07/12 por Marco D'Eça às 12:00h

Sidarta,
Gláucio e Magalhães: grampeados pela PF
Escutas
telefônicas autorizadas pela Justiça mostram ligação do juiz Sidarta
Gautama, da Comarca de Caxias, com agiotagem no Maranhão, revelou ontem o
Jornal Pequeno.
Em matéria
assinada pelo jornalista Oswaldo Viviani, o JP conta detalhes da operaçãoCapitanias
Hereditárias, da Polícia Federal, realizada em 2010, e que derrubou a cúpula da
superintendência do Incra.
Um dos
interlocutores do juiz nas gravações da PF é o empresário Eduardo DP, filho da
prefeita de Dom Pedro, Arlene Costa.
De acordo
com a reportagem, DP, conhecido por “Imperador”, negocia com Sidarta Gautama o
pagamento dos juros de uma dívida, uma vez que não teria condições de pagar o
principal naquele período. O juiz concorda e orienta “Imperador” a procurar o
gerente do Banco do Brasil em Caxias, identificado por Sampaio. (Leia aqui)
Mensagem
telefônica
A operação que grampeou o juiz foi coordenada no Maranhão pelo delegado Pedro Meireles, da Polícia Federal.
Meireles é
citado em depoimentos do caso Décio como amigo de Júnior Bolinha – um dos
acusados também pela morte do empresário Fábio Brasil, em Teresina
(PI) - e do advogado Ronaldo Ribeiro, que tem Gláucio Alencar como
cliente.
Semana
passada, Ribeiro pediu Habeas Corpus preventivo ao Tribunal de
Justiça, para evitar ser preso pela polícia. O TJ ainda não se manifestou sobre
o mérito do pedido.
De acordo
com o depoimento do agiota Gláucio Alencar, a polícia quis saber dele, se
Meireles teria pasado informação, via mensagem celular, informando da morte de
Décio Sá.
No dia
do crime, o delegado acompanhou a movimentação da perícia no bar Estrela
do Mar, na avenida Litorânea.
Depoimento
O envolvimento do juiz Sidarta Gautama com a rede de agiotagem liderada por Gláucio Alencar – acusado de ter financiado a morte do jornalista Décio Sá – já havia sido revelada em seu blog pelo jornalista Roberto Kenard.
Kenard
revelou ter sido Sidarta Gautama o motivo da presença de Gláucio Alencar no
gabinete do corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha, há duas
semanas. (Releia aqui)
O agiota
depôs em um processo que apura o envolvimento do juiz com o grupo de agiotas.
Em nota
oficial divulgada semana passada – e publicada na coluna do jornalista Jotônio
Lima, de Caxias, o juiz frisou que manteve com Gláucio apenas “relações
comerciais”.
E confirma
que “este episódio” [ a relação comercial] estava sendo analisado em
sindicância na Corregedoria-Geral de Justiça.
A resposta
do juiz se deu pelo fato de o jornalista fazer ilações sobre o
envolvimento do magistrado no caso Décio, o que não foi postado em nenhum
blog. O próprio juiz reconhece isso.
- Não
há nenhuma menção do meu nome no inquérito que apura o delito, salientando
ainda que tampouco há conteúdo dessa natureza nos blogs - rebate o juiz,
em sua nota.
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