26/07/2012
09h39 - Atualizado em 26/07/2012 09h47
Último dos
32 geradores da Represa de Três Gargantas foi ativado na terça.
Barragem no rio mais longo da Ásia registrou maior fluxo do ano após cheia.
Barragem no rio mais longo da Ásia registrou maior fluxo do ano após cheia.
Do Globo
Natureza, em São Paulo*
O último dos
32 geradores da hidrelétrica mais poderosa do mundo, inaugurada no centro da
China, começou a funcionar esta semana. A gigante e controversa Represa de Três
Gargantas, construída no Rio Yangtzé – o mais longo da Ásia, com 6.300 km –,
jorra água capaz de gerar 22.500 megawatts, a mesma potência de 15 reatores
nucleares.

Represa
entrou em operação em 2003, mas inaugurou último gerador esta semana (Foto:
China Out/AFP )
Por causa
das recentes cheias em Pequim, que provocaram perdas significativas e pelo
menos cem mortos, a barragem atingiu o maior fluxo do ano. A obra no chamado
"Rio Azul", que fica na província de Hubei, tem exatamente o objetivo
de reduzir o risco de enchentes na estação das chuvas e armazenar e distribuir
água nos períodos de seca, além de suprir a demanda de energia.
Três
Gargantas tem a capacidade gerar 22.500 megawatts de potência no total (Foto:
China Out/AFP)
A
hidrelétrica tem sete vertedouros, por onde passaram na terça-feira (24) 70 mil
metros cúbicos de água por segundo, que foram armazenados no reservatório da
represa. A meta é reduzir o impacto sobre o curso inferior do rio e guardar no
dia a dia pelo menos 26 mil metros cúbicos de água por segundo. Agora, o fluxo
de água na saída da barragem está em 43 mil metros cúbicos por segundo.

Projeto
começou em 2003, custou R$ 45,5 bi e forçou 1,4 milhão de pessoas a saírem
(Foto: China Out/AFP)
O projeto da
barragem começou em 1993 e a obra entrou em operação em 2003, a um custo de R$
45,5 bilhões. A construção forçou a mudança de 1,4 milhão de pessoas, razão
pela qual tem sido criticada por muitos moradores e especialistas. Em maio do
ano passado, Pequim admitiu que a hidrelétrica havia causado uma série de
problemas.

Segundo
os críticos, peso do reservatório pode afetar a geologia do centro da China
(Foto: China Out/AFP)
Segundo os
críticos, o peso do reservatório poderia alterar a geologia central da China,
expulsar milhões de habitantes, contaminar a água ao conter a poluição e
prejudicar a bacia do Yangtzé, que é atravessada por várias falhas geológicas.

Meta
da barragem é reduzir o risco de enchentes e armazenar água no período de seca
(Foto: China Out/AFP)
*Com
informações do jornal britânico "Daily Mail" e da agência France
Presse.
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