EUA e União
Europeia discutem ajuda humanitária e militar ao país

BAGDÁ — Um
homem-bomba realizou um ataque num posto de controle, próximo à residência do
novo primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, nesta terça-feira. Nenhuma
vítima foi confirmada.
— O
homem-bomba se detonou num posto de controle que controla a passagem para a
casa do primeiro-ministro — afirmou um policial no local.
Representantes
do escritório de Abadi não comentaram o incidente.
Abadi foi
escolhido como primeiro-ministro pelo presidente iraquiano Fuad Masum, por ser
considerado um xiita moderado, diferentemente de seu antecessor Nuri al-Maliki,
visto por muitos como um líder autoritário e sectário, que rejeitou diversos
pedidos para que renunciasse e desse lugar a uma figura menos polarizadora
capaz de unir os iraquianos contra os insurgentes do Estado Islâmico que têm
tomado o controle de diversas partes do país.
Embora
Maliki tenha condenado a nomeação de Abadi e dito que iria “corrigir o
problema”, o ex-primeiro-ministro parece ter retrocedido, e pediu às forças de
segurança que se mantivessem longe de disputas políticas.
EUA PEDEM
QUE POLÍTICOS EVITEM ‘COERÇÃO’ NO IRAQUE
Os Estados
Unidos reiteraram nesta terça-feira suas advertências quanto ao uso da
"coerção" na crise política que afeta o Iraque, no momento em que o
primeiro-ministro Nuri al-Maliki tenta se manter no poder.
—
Rejeitaremos qualquer tentativa legal ou não de obter resultados através da
coerção ou da manipulação dos procedimentos constitucionais ou judiciais —
disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf. — Há um procedimento
constitucional em andamento, que apoiamos.
O presidente
Barack Obama deu seu apoio ao primeiro-ministro designado, Haidar al-Abadi,
após criticar Maliki, a quem acusou de contribuir com a atual crise no país por
ter deixado a minoria sunita fora do processo decisório. O ex-primeiro-ministro
denunciou a nomeação de Abadi como uma violação da constituição e
responsabilizou os Estados Unidos.
O governo
americano enviou cerca de 130 soldados adicionais à capital do Curdistão
iraquiano, Arbil, na tentativa de ajudar os iraquianos a combater os avanços do
grupo jihadista Estado Islâmico, afirmou nesta terça-feira o secretário de
Defesa, Chuck Hagel.
Em
comunicado a Defesa americana afirmou que os soldados enviados ao Norte do
Iraque “avaliarão as dimensões da missão humanitária e desenvolverão opções
adicionais de assistência humanitária”.
UNIÃO
EUROPEIA REFORÇA AJUDA AO IRAQUE
A Comissão
Europeia destinou cinco milhões de euros para ajuda humanitária aos civis
refugiados no Iraque. A reunião com embaixadores dos 28 membros da União
Europeia buscou coordenar ações não somente no Iraque, mas também na Ucrânia e
na Faixa de Gaza.
A Comissão
terá o papel de coordenar a ajuda humanitária e já iniciou o processo de
criação de um mecanismo de proteção civil, que facilitará a mobilização de
serviços de auxílio para responder a necessidades imediatas de países em crise.
Os países da
União Europeia também saudaram “os esforços dos Estados Unidos e de seus
parceiros para deter o crescimento do Estado Islâmico e facilitar o acesso à
ajuda humanitária, no Iraque”. Quanto à possibilidade de aramar os combatentes
curdos que lutam contra os jihadistas no Norte do país, a União não tem uma
posição definida: a França se mostra favorável, enquanto a Suécia se opõe
completamente à medida.
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