sadam e o coronel torturador parecem ser irmãos
Em nota, a
Comissão da Verdade do Rio classificou a morte do coronel de reserva Paulo
Malhães, assassinado nesta quinta-feira em seu sítio em Cabuçu, no município de
Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, como “queima de arquivo”. Em depoimento à
comissão há cerca de um mês, o coronel confessou ter participado de sessões de
torturas durante a ditadura militar.
“As
circunstâncias de sua morte apontam para uma queima de arquivo e uma tentativa
de intimidação de outros agentes do aparelho repressivo do regime militar que,
porventura, estivessem também dispostos a prestar depoimentos sobre os anos de
chumbo”, afirma a organização, que pede a participação da Polícia Federal nas
investigações.
De acordo
com o delegado Fabio Salvadoretti, nenhuma hipótese está descartada. O corpo do
coronel, de 77 anos, foi encontrado no quarto do casal pela viúva, Cristina
Batista, 36, por volta das 22h de quinta-feira.
Segundo a polícia, Malhães
aparentava ter sido asfixiado, já que estava deitado no chão, de bruços e com o
rosto num travesseiro. A casa foi invadida e a esposa do coronel e o caseiro
foram feitos reféns. "A investigação está muito preliminar ainda. Nada Pode
ter sido um latrocínio, uma vingança ou um crime relacionado com o depoimento
prestado por ele à Comissão Nacional da Verdade", disse.
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