O corpo do
zelador Jezi Lopes de Souza, de 63 anos, foi encontrado esquartejado em uma
casa de Praia Grande, no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (2).
Jezi havia desaparecido na sexta-feira (31) na capital paulista. O imóvel onde
o corpo foi localizado fica na Avenida César Rodrigues Reis, no bairro
Balneário Maracanã. No local, policiais civis prenderam o publicitário Eduardo
Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, por suspeita de matar o zelador. A mulher
dele, uma advogada de 42, também foi detida.
De acordo
com a polícia, o publicitário confessou o crime e disse que a motivação foram
desavenças que tinha com a vítima. Ele e a mulher foram levados para o 13º
Distrito Policial de São Paulo, na Zona Norte. O casal chegou por volta das 18h
e não falou com a imprensa.
Segundo o
Radar SP, da TV Globo, o casal morava no prédio onde Souza trabalhava. De
acordo com policiais, o publicitário matou o zelador, colocou o corpo dele
dentro de uma mala e fugiu para Praia Grande.

Ainda
segundo a polícia, o suspeito teria esquartejado o corpo do zelador já no
litoral paulista, com um serrote encontrado na casa. Ele teria espalhado partes
do corpo pela casa, em sacos plásticos. Outras ele teria queimado em uma
churrasqueira e algumas, enterrado. O publicitário também teria jogado cal nos
restos mortais, para evitar o mau cheiro. O Instituto de Criminalística de
Praia Grande foi acionado para examinar a casa.

De acordo
com o Radar SP, da TV Globo, o casal morava no prédio onde Jezi trabalhava. A
família do zelador desconfiava que o publicitário e sua mulher estavam
envolvidos no seu desaparecimento. A vítima, que trabalhava no prédio havia
cinco anos, teria se desentendido com o casal.
Imagens do
desaparecido
Jezi foi visto pela última vez às 15h35 saindo do elevador no edifício residencial onde trabalhava, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança do condomínio, exibidas nesta segunda-feira (2) pelo Bom Dia São Paulo, mostram o momento em que ele deixa o elevador num dos andares levando correspondências que seriam entregues aos moradores. Depois disso, o circuito interno não mostra mais Jezi retornando ao elevador.
Outras 15
câmeras também não registraram a passagem dele pelas escadas. Todos os
equipamentos funcionam 24 horas por dia gravando quem entra e sai do prédio. Ao
todo, o edifício tem 22 andares. Só na frente do imóvel, há três câmeras, e em
nenhum momento os equipamentos registraram o zelador deixando o local.
De acordo
com o registro policial, a filha de Jezi, a supervisora Sheyla Viana de Souza,
de 27 anos, relatou que um dos moradores tinha “problemas de relacionamento”
com seu pai. Ela também informou que uma moradora lhe contou ter “ouvido
gritos de discussão, pedindo para parar, e ao olhar pelo olho mágico do
apartamento teria visto o morador do (...) fechando a porta.”
Esse
episódio ocorreu em horário compatível com a última vez que o zelador foi visto
deixando o elevador. Além da família do zelador, policiais militares e
funcionários do prédio vasculharam todo o edifício e não encontraram Jezi.
Imagens de
moradores
Sheyla, o namorado dela e um policial militar, que vasculharam o prédio em busca do zelador, também informaram que por volta das 17h50 de sexta as câmeras do prédio gravaram o morador, que teria “problemas” com Jezi e que foi visto por uma vizinha fechando a porta após “gritos”, entrando no elevador “arrastando uma mala escura e carregando um saco, ambos de grande porte, que demonstraram estar bem pesados, levando-se em consideração a dificuldade de (...) ao arrastá-los”.
Em seguida, os três relataram que o morador desceu até a garagem e, pelas imagens, a mulher dele o ajuda a colocar a bagagem e o saco no carro do casal. Os dois moradores saem com o veículo e retornam, mas o horário não é informado no boletim. Esse vídeo não foi divulgado.
Sábado
Depois, no sábado, quando a família registrou o desaparecimento de Jezi, policiais militares foram até a residência do casal de moradores do prédio, onde o homem contou que “já havia discutido diversas vezes com Jezi, mas que ontem [sexta-feira] nada havia acontecido”.

Os policiais vasculharam o local e encontraram mala e sacos similares aos exibidos pela gravação do prédio. Mas verificaram que dentro deles havia roupas e tênis. Depois, desceram com a mulher até o estacionamento e verificaram que dentro do automóvel do casal estava uma mala parecida com as da filmagem. Mas dentro delas também só tinham roupas.

Indagados pelos policiais, os dois moradores contaram que tinham ido levar as roupas para uma igreja, mas retornaram porque ela estava fechada no dia. Os policiais informaram no boletim que “não visualizaram nenhum sinal de violência no apartamento do casal ou no veículo”.
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