QUINTA-FEIRA,
14 DE JUNHO DE 2012
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Samara
Almeida Mostra Exames e Laudos da Doença da Filha
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O sofrimento
de uma mãe pela morte precoce da filha de 3 anos de idade, acabou sendo usado
nas redes sociais da internet para desacreditar médicos e outros profissionais
da saúde de Chapadinha, por motivação política.
A Denúncia
do Facebook
Em conversa
no “bate-papo” reservado do Facebook a mãe diz que a filha chegou ao HCC com 40
graus de febre e que teria morrido após uma auxiliar aplicar medicação não
prescrita por médicos. Depois – relata a mãe – outra pessoa que trabalha na
saúde do bairro (supostamente uma ACS) teria dito que um médico confirmara o
erro da auxiliar e pedira segredo.
A conversa
se deu entre a mãe da criança Samara Almeida e um internauta identificado por
Rodrigo Lima, que tratou de publicar o diálogo na página do Fórum de Discussão dos
Problemas de Chapadinha com o título: MAIS UM ERRO MÉDICO EM CHAPADINHA,
seguido de publicação de foto da criança no caixão.
Seguiram ao
diálogo mais de 70 comentários ofensivos aos médicos e ao sistema de saúde de
Chapadinha.
Doença
Rara: Leucodistrofia Metacromática
O blog se
interessou pela história e procurou ouvir Samara Alves Almeida, de 25 anos, mãe
de Rayanne e de mais um casal de filhos para buscar informações sobre o caso e
acabou descobrindo fato importante omitido na denúncia da rede social. A
mãe Samara Almeida disse a nossa reportagem que a filha Rayanne Eduarda Alves
Almeida era portadora de uma doença degenerativa rara chamada Leucodistrofia
Metacromática. Ainda segundo a mãe, a criança começou a apresentar os primeiros
sinais da doença, quando tinha um ano de idade e foi levada a São Luís, passou
um mês internada no Materno Infantil, quando uma ressonância definiu o
diagnóstico da doença que não havia cura.
Rayanne
Eduarda foi atendida também no Hospital Sarah Kubitschek.
Em São Luís,
a neuropediatra Maria José, do Materno Infantil, acompanhou o caso da pequena
Rayanne Eduarda e revelou à família da criança que a doença era extremamente
rara, pois ainda não havia registro dela no Maranhão e a expectativa de vida
neste caso era muito reduzida.
Samara
Almeida nos falou ainda que a doença é genética e que, de acordo com as
recomendações da neuropediatra a criança deveria ser estudada por especialistas
numa universidade e aconselhou que o irmão de Rayanne, Pedro Henrique, de um
ano e meio de idade, fosse avaliado com o objetivo de verificar se é portador
da mesma doença que acometeu Rayanne, o que ainda não foi feito pela família.
Médicos da
capital também disseram que devido aos constantes refluxos gástricos a criança
poderia desenvolver uma infecção e, por conta disso, a família deveria redobrar
a atenção ao alimentar Rayanne, em função da possibilidade de complicações no
processo de deglutição, podendo ir a óbito também por engasgue.
Nos últimos
meses Rayanne não enxergava e nem andava mais em decorrência da doença e um mês
antes de falecer havia sido “despachada” pelos médicos, conforme relatou a mãe.
Informações
do HCC
A direção do
HCC, após verificar o prontuário informou que Rayanne chegou ao hospital por
volta de 8h e foi atendida pela pediatra Tereza Carlota Carvalho Caldas, que
tratou da criança e prescreveu os medicamentos indicados para o caso e
solicitou um exame de “raio x” que estava sendo realizado no HAPA, quando a
criança teve uma parada cardíaca e faleceu, por volta das 10h.
Mãe Não
Confirma Denúncia
Durante a
entrevista a mãe lembrou do sofrimento que a pequena Rayanne vinha passando no
seu último ano de vida e mostrava certa resignação. Indagada sobre quem teria
levantando a possibilidade do erro médico ela contou que foi “o Rodrigo Lima
que falou que poderia ter sido, porque eu comentei o caso, ele me pediu pra
botar no Facebook e eu aceitei”, disse Samara Almeida, finalizando com a
afirmação de que nenhum profissional de saúde, médico ou enfermeiro tenha
falado ou especulado a possibilidade de erro.
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Recorte da
Denúncia do Facebook
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Postado por Alexandre Pinheiro às 19:05 0
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