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26/06/12 por Marco D'Eça às 15:00h

O secretário Aluísio Mendes não quis comentar as
acusações do deputado Raimundo Cutrim (PSD) feitas hoje da tribuna da
Assembleia Legislativa.
O Governo do
Estado também não se pronunciou sobre as declarações do parlamentar, membro de
sua base e ex-secretário de Segurança deste mesmo governo.
Sobre
Aluísio, Cutrim disse tratar-se de um “moleque travestido de secretário”.
A acusação
ao governo se dá quando o parlamentar diz que o depoimento de Jhonatan de Souza
– acusando-o de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá – fora
manipulado na secretaria.
É uma
acusação a um dos auxiliares do governo, portanto, uma acusação ao próprio
governo.
Na verdade,
as acusações de Cutrim mereceriam, no mínimo, um contraponto de algum membro do
governo na Assembleia. Mas a bancada governista ficou inerte, como que se
concordasse com o colega deputado.
À exceção da
deputada Graça Paz (PDT) – a única que, corretamente, ponderou com Cutrim,
defendendo o trabalho da imprensa e pedindo cautela em relação às acusações à
polícia – nenhum parlamentar disse absolutamnte nada que se contrapusesse ao
deputado do PSD.

O mesmo silêncio que se vê em Aluísio Mendes e no
governo. E ficar calado não adiantará nada.
Aliás,
Aluísio tem sido acusado em várias frentes.
Suspeita-se,
por exemplo, que a polícia agiu açodadamente ao prender o capitão Fábio Aurélio
Capita com base apenas em um depoimento – e poderá soltá-lo, num mico que
custará caríssimo ao cofres públicos.
Também suspeita-se de proteção a
setores da polícia em relação a desvio de armas e envolvimento de policiais com
os criminosos do caso Décio.
Sobre
Aluísio pesa também a acusação de que ele patrocine vazamentos dirigidos de
depoimentos.
E o próprio
Cutrim chama de armação do “moleque travestido de secretário” a acusação feita
pelo assassino Jhonatan de Souza.
Mas Aluísio
Mendes permanece em silêncio.
E quem cala,
consente…
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