Candidato do
PSDB criticou atuação da diplomacia brasileira no episódio.
Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.
Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.

O candidato
do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou neste sábado (26) a
atuação da diplomacia brasileira após a ofensiva de Israel que aumentou a
violência na Faixa de Gaza. Para o tucano, o governo brasileiro "se
precipitou" no episódio.
Temos que
condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as
ações do Hamas com lançamento excessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais
clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou"
Aécio Neves,
candidato do PSDB à Presidência
Aécio Neves
falou sobre o tema após participar de ato de campanha na capital paulista ao
lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta reeleição, e
do candidato ao Senado por São Paulo pelo PSDB, José Serra.
Na manhã
deste sábado, eles caminharam pelo Parque da Juventude, na zona norte de São
Paulo, local que antes abrigava o presídio do Carandiru, e também visitaram a
Biblioteca de São Paulo, que fica dentro do parque. Em seguida, foram até a III
Feira de Tecnológica da Zona Leste, em Itaquera, iniciativa liderada pela Obra
Social Dom Bosco.
Na última
quarta (23), o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a
escalada da violência, considerou
"desproporcional" a força usada por Israel e chamou o
embaixador em Tel Aviv "para consulta", o que abriu uma crise
diplomática.
Depois, o
jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual o porta-voz
do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, questionou a retirada do
embaixador e chamou o Brasil de "anão
diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil,
Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão
diplomático", o
Brasil não é um deles.
Para Aécio
Neves, o governo brasileiro deveria ter dado uma "palavra mais clara de
convocação ao cessar-fogo".
"O
Brasil sempre se caracterizou por ter uma política externa de equilíbrio e isso
deve retornar a conduzir nossas ações. Em relação a essa última posição
[posição a respeito da violência na Faixa de Gaza], acho que faltou equilíbrio.
Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que
condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma
palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou, ao meu
ver", afirmou o candidato tucano.
Para ele, o
Brasil perdeu espaço nas negociações sobre questões internacionais e também
reduziu sua participação no comércio exterior.
Atuação
econômica do governo
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou a pedir desculpas pelo episódio.
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou a pedir desculpas pelo episódio.
"Essas
avaliações apontam para a mesma direção: o fracasso da política econômica da
atual presidente da república." Para Aécio, a situação mostra que Dilma
"perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas" no
mercado financeiro.
"Existe
algo quando se fala de economia que é essencial: a expectativa. O atual governo
perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que prejudica o
crescimento", disse o tucano. "Vizinhos nossos, economias muito menos
complexas e estruturadas que a nossa, vão crescer mais do que nós crescemos. O
governo da presidente Dilma fracassou e eu concordo com a maioria dessas
análises: mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de
baixíssimo crescimento", completou
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