domingo, 27 de julho de 2014

Aécio diz que governo 'se precipitou' sobre violência na Faixa de Gaza








Candidato do PSDB criticou atuação da diplomacia brasileira no episódio.
Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.

O senador Aécio Neves acompanhado do governador Geraldo Alckmin, que tenta a reeleição, e José Serra, candidato ao Senado pelo PSDB (Foto: Mariana Lenharo / G1)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou neste sábado (26) a atuação da diplomacia brasileira após a ofensiva de Israel que aumentou a violência na Faixa de Gaza. Para o tucano, o governo brasileiro "se precipitou" no episódio.

Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento excessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou"
Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência
Aécio Neves falou sobre o tema após participar de ato de campanha na capital paulista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta reeleição, e do candidato ao Senado por São Paulo pelo PSDB, José Serra.

Na manhã deste sábado, eles caminharam pelo Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, local que antes abrigava o presídio do Carandiru, e também visitaram a Biblioteca de São Paulo, que fica dentro do parque. Em seguida, foram até a III Feira de Tecnológica da Zona Leste, em Itaquera, iniciativa liderada pela Obra Social Dom Bosco.
Na última quarta (23), o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência, considerou "desproporcional" a força usada por Israel e chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta", o que abriu uma crise diplomática.

Depois, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, questionou a retirada do embaixador e chamou o Brasil de "anão diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Para Aécio Neves, o governo brasileiro deveria ter dado uma "palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo".

"O Brasil sempre se caracterizou por ter uma política externa de equilíbrio e isso deve retornar a conduzir nossas ações. Em relação a essa última posição [posição a respeito da violência na Faixa de Gaza], acho que faltou equilíbrio. Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou, ao meu ver", afirmou o candidato tucano.
Para ele, o Brasil perdeu espaço nas negociações sobre questões internacionais e também reduziu sua participação no comércio exterior.

Atuação econômica do governo
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou  a pedir desculpas pelo episódio.
"Essas avaliações apontam para a mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da república." Para Aécio, a situação mostra que Dilma "perdeu a capacidade de gerar expectativas  positivas" no mercado financeiro.

"Existe algo quando se fala de economia que é essencial: a expectativa. O atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que prejudica o crescimento", disse o tucano. "Vizinhos nossos, economias muito menos complexas e estruturadas que a nossa, vão crescer mais do que nós crescemos. O governo da presidente Dilma fracassou e eu concordo com a maioria dessas análises: mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de baixíssimo crescimento", completou

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria!

Total de visualizações de página