Fusão de
galáxias distantes provoca explosão na formação de aglomerados estelares

RIO – A
fusão de duas galáxias distantes está provocando uma explosão na formação de
estrelas na região que faz com que o conjunto pareça estar adornado com um
“colar de pérolas”. Com 100 mil anos-luz de extensão, a estrutura é composta
por pelo menos 19 jovens aglomerados estelares que aparecem em azul nas
observações do telescópio espacial Hubble, cada um separado por uma distância
de 3 mil anos-luz.
O “colar de pérolas” cósmico, no entanto, terá uma vida
curta em termos astronômicos: segundo os cientistas, ele deverá perder o
formato em cerca de 10 milhões de anos à medida em que cada um dos aglomerados
seguir uma diferente órbita em torno das galáxias em interação.
Mas mais que
a beleza, o que surpreendeu os astrônomos foi o fato de a súbita formação
rápida de novas estrelas estar acontecendo como resultado do encontro de duas
antigas galáxias elípticas que são parte de um aglomerado de galáxias ainda
maior. Geralmente, estes objetos já esgotaram as reservas de gás e material que
dão origem a novas estrelas.
- Sabemos
que o fenômeno do colar de pérolas pode ser visto nos braços de galáxias
espirais ou nas pontes de maré entre duas galáxias em interação, mas ele nunca
foi visto antes na fusão de galáxias elípticas – destaca Grant Tremblay,
astrônomo do Observatório Europeu do Sul (ESO) e principal autor de artigo
sobre a descoberta, que será publicado na próxima edição do periódico
científico “The Astrophysical Journal Letters”. - Temos dois enormes monstros e
eles estão brincando de cabo de guerra com este colar, e seu destino final é
uma questão interessante no contexto da formação de superglomerados de estrelas
e na explosão na formação de estrelas em galáxias disparada por fusões.
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