segunda-feira, 14 de julho de 2014

Operação durará entre seis e sete dias e vai representar a penúltima etapa de um projeto faraônico











O navio Costa Concordia é visto sendo levantado por dois grandes tanques
Foto: Alessandro La Rocca / AP

foto do navío costa concordia hoje.

ILHA DE GIGLIO, Itália — O navio Costa Concordia voltou a flutuar nesta segunda-feira, pela primeira vez desde o naufrágio de 13 de janeiro de 2012 na Ilha de Giglio, uma tragédia que matou 32 pessoas. A embarcação de 290 metros de comprimento é objeto de uma grande operação para ser rebocado até Gênova, no Noroeste da Itália.
— O navio está flutuando. Está um metro acima do fundo do mar — afirmou Franco Porcellacchia, um dos engenheiros responsáveis pela operação.

A embarcação precisará de mais um metro para o deslocamento. Para obter o resultado esperado, as equipes especializadas estão injetando ar nos 30 recipientes que cercam o navio, que pesa 115 mil toneladas, para apoiá-lo até os dois metros necessários. Uma vez com dois metros de flutuação, o cruzeiro será deslocado em 30 metros para o mar, ao leste da ilha, e posicionado de maneira sólida com a ajuda de 36 cabos de aço e 56 correntes.
— É uma operação muito complexa — reconheceu Franco Gabrielli, que lidera a agência que supervisiona a operação.

Se esta fase da operação, que deve durar de seis a oito horas, terminar com sucesso, o navio poderá ser rebocado até Gênova, dois anos e meio depois da tragédia. O diretor da operação, o sul-africano Nick Sloane, admitiu estar “um pouco nervoso”.

— O risco é que o barco quebre ou que as correntes cedam — explicou Sloane, ressaltando que a operação foi seu “maior desafio” em 20 anos de carreira.

As operações de flutuação durarão entre seis e sete dias e vão representar a penúltima etapa de um projeto que custou cerca de € 1.100 milhões destinado a desencalhar, endireitar, fazer flutuar e desmantelar a embarcação. Durante a ação, o sobrevoo da área foi proibido e foram impostas restrições para as embarcações marítimas.

Na noite de 13 de janeiro de 2012, o Costa Concordia, com 4.229 pessoas a bordo, entre elas 3.200 turistas, se chocou contra recifes, o que provocou o seu naufrágio.

 O capitão do navio, Francesco Schettino, é acusado de causar o incidente. Ele teria conduzido o navio muito perto de rochas para exibir o cruzeiro aos espectadores da ilha.




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