
Na manhã
desta segunda-feira (7), no Comando Geral da Polícia do Maranhão, foram dados
esclarecimentos sobre a morte do sargento Benedito Gomes Lima Filho, que foi
baleado durante confronto com a ROTAM numa abordagem ocorrida na noite
de sábado(6) em São Luís. O Cel. Ivaldo Barbosa, que está à frente da
ROTAM, contou as circunstâncias em que tudo aconteceu durante a coletiva de
imprensa.
Naquela
noite, as equipes da PM estavam voltadas às buscas pelos assaltantes da Big Ben
no Turu. O crime teria sido cometido por uma dupla numa moto fan preta com
apoio de um veículo prata, que teria dado cobertura no assalto.
Passando
pela Avenida Daniel de La Touche, nas proximidades do Shopping da Ilha, uma
viatura da Ronda Tática Móvel (ROTAM) avistou os dois veículos suspeitos (a
moto fan preta e logo atrás o veiculo prata) e tentou pará-los, fazendo os
procedimentos necessários.
A dupla na
moto conseguiu escapar. O veículo prata, um Corsa Classic, dirigido pelo
sargento Lima Filho que se encontrava na companhia de um homem identificado
como Ivo Fernando, não atendeu o pedido de parada da ROTAM e daí em diante teve
inicio uma perseguição.
A viatura da
PM chegou a bater na traseira do carro dirigido pelo sargento Lima. E nas
proximidades do Terminal de Integração na Cohama, ele efetuou o primeiro
disparo contra a guarnição da ROTAM que reagiu disparando contra o veículo.
Os PM’s
emparelharam a VTR em mais uma tentativa de parar o corsa, mas o sargento
disparou novamente contra a guarnição que reagiu com mais tiros. Em seguida o
carro girou e a PM conseguiu pará-los. O passageiro, Ivo Fernando, se entregou
à polícia. Já o sargento Lima, que não conseguia sair do veículo por que a
porta teria travado, sentou-se na porta na tentativa de sair e neste momento
atirou contra a guarnição que reagiu acertando três tiros nele.

Benedito
Gomes Lima Filho que veio à óbito, usava uma arma não registrada e tinha sido
afastado da PM em 1990 devido alguns problemas na sua conduta como policial.
Ele respondia por dois homicídios, além de ser acusado de outras brigas. Em
1994 ele retornou à corporação através de decisão judicial. Sargento Lima
atualmente prestava serviços de segurança na Assembleia Legislativa.
Durante a
coletiva o Cel. Ivaldo esclareceu todos esses fatos, de acordo com o que foi
revelado pelos quatro policiais que estavam na guarnição na noite do ocorrido.
Todos estão afastados das atividades e só deverão voltar ou não após conclusão
do inquérito. Abalados com o que ocorreu, os policiais então sendo assistidos
por uma psicóloga no CAPS.
O comandante
lamenta o ocorrido, mas garante transparência nas investigações. “Aqueles
que tiverem razão, que tiverem apoiados na lei com certeza terão seus direitos
respeitados. Todos terão oportunidade de se defender e de esclarecer o que
realmente aconteceu”, disse Cel. Ivaldo.
Ainda de
acordo com ele, a tentativa da guarnição era parar o veículo e o sargento
em nenhum momento teria tentado se identificar aos policiais de serviço.
“Não se pode
crucificar a guarnição por que aconteceu este fato. As técnicas usadas na
abordagem foram corretas e são as mesmas usadas no mundo todo. Sirene ligada,
pisca-alerta, verbalização, batida na traseira do veiculo, e abrimos fogo só
quando fomos confrontados. E digo mais, eles sabiam que nos éramos da polícia.
Lamentamos tudo isso que aconteceu, mas ele sabia o procedimento.” finalizou
Cel. Ivaldo Barbosa.
As
investigações seguem e o inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído.
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