segunda-feira, 14 de julho de 2014

Componente da maconha pode retardar avanço do câncer


Novo estudo de universidade britânica aponta detalhes das propriedades anticancerígenas da cannabis


Pesquisa pode ser um avanço para a criação de um substituto sintético da planta no futuro
Foto: David McNew/Reuters

RIO - Pesquisa realizada por uma equipe de cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), na Inglaterra, revelou como a maconha pode ser usada no tratamento para prevenir o avanço do câncer. O estudo evidenciou a ainda pouco compreendida teoria de que algum ingrediente da maconha tem propriedades anticancerígenas.

Já houve relatos de que o principal componente psicoativo da cannabis - tetrahidrocanabinol, ou THC - teve sucesso no combate ao crescimento de células cancerígenas, mas o grupo britânico Cancer Research UK, que realiza pesquisas sobre a doença, diz que é necessário mais estudos antes de sabermos se a substância pode realmente ajudar o tratamento.

Cientistas da universidade britânica puderam identificar pela primeira vez dois receptores específicos que são responsáveis pelos efeitos retardantes do THC, ao injetar o componente em ratos de laboratório com células humanas cancerígenas.
O novo estudo, publicado no "Journal of Biological Chemistry", pode ser um importante avanço das tentativas de se criar um substituto sintético da cannabis que possa combater o câncer de maneira objetiva e segura.

“Nossos resultados ajudam a explicar alguns dos mais conhecidos, mas insuficientemente compreendidos efeitos do THC a baixas e altas doses no crescimento do tumor”, disse Dr. Peter McCormick, da Escola de Farmácia da UEA. Ele complementou que tem havido muito interesse em entender os mecanismos moleculares por trás de como a maconha, e especificamente o THC, influencia o câncer.

Ainda segundo o cientista, o estudo identificou os receptores envolvidos, o que fornece um passo relevante ao desenvolvimento de medicamentos que possam usar as interações descobertas para reduzir o crescimento do tumor. Dr. McCormick insistiu, no entanto, que esses resultados não devem encorajar pacientes de câncer a se automedicarem.


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