Novo estudo
de universidade britânica aponta detalhes das propriedades anticancerígenas da
cannabis

RIO -
Pesquisa realizada por uma equipe de cientistas da Universidade de East Anglia
(UEA), na Inglaterra, revelou como a maconha pode ser usada no tratamento para
prevenir o avanço do câncer. O estudo evidenciou a ainda pouco compreendida
teoria de que algum ingrediente da maconha tem propriedades anticancerígenas.
Já houve
relatos de que o principal componente psicoativo da cannabis -
tetrahidrocanabinol, ou THC - teve sucesso no combate ao crescimento de células
cancerígenas, mas o grupo britânico Cancer Research UK, que realiza pesquisas
sobre a doença, diz que é necessário mais estudos antes de sabermos se a
substância pode realmente ajudar o tratamento.
Cientistas
da universidade britânica puderam identificar pela primeira vez dois receptores
específicos que são responsáveis pelos efeitos retardantes do THC, ao injetar o
componente em ratos de laboratório com células humanas cancerígenas.
O novo
estudo, publicado no "Journal of Biological Chemistry", pode ser um
importante avanço das tentativas de se criar um substituto sintético da
cannabis que possa combater o câncer de maneira objetiva e segura.
“Nossos
resultados ajudam a explicar alguns dos mais conhecidos, mas insuficientemente
compreendidos efeitos do THC a baixas e altas doses no crescimento do tumor”,
disse Dr. Peter McCormick, da Escola de Farmácia da UEA. Ele complementou que
tem havido muito interesse em entender os mecanismos moleculares por trás de
como a maconha, e especificamente o THC, influencia o câncer.
Ainda
segundo o cientista, o estudo identificou os receptores envolvidos, o que
fornece um passo relevante ao desenvolvimento de medicamentos que possam usar
as interações descobertas para reduzir o crescimento do tumor. Dr. McCormick
insistiu, no entanto, que esses resultados não devem encorajar pacientes de
câncer a se automedicarem.
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