Joaquim
Barbosa negou pedido de trabalho para o ex-ministro José Dirceu.
Roberto Jefferson cumpre pena desde fevereiro no RJ pelo mensalão do PT.
Roberto Jefferson cumpre pena desde fevereiro no RJ pelo mensalão do PT.

Em carta
enviada à "Folha de S.Paulo a pedido do jornal e publicada neste domingo
(25), o delator do mensalão do PT, ex-deputado Roberto Jefferson, disse
considerar que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa,
"está exagerando" com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e
"vitimizando a turma do PT".
No dia 16 de
maio, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou
pedido de trabalho feito por Dirceu em um escritório de Brasília.
Barbosa também decidiu revogar autorizações de trabalho para outros sete
condenados no processo, entre eles o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. O
argumento é de que eles não têm direito ao benefício porque não cumpriram um
sexto da pena, conforme estabelece a Lei de Execução Penal (LEP).
Jefferson
escreveu a carta no dia 19 de maio, de dentro do Instituto Penal Coronel PM
Francisco Spargoli Rocha, em Niterói. Ele começou a cumprir em fevereiro pena
de 7 anos e 14 dias pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A
defesa de Jefferson já recorreu para que pedido de prisão domiciliar seja
avaliado pelo plenário, mas o caso ainda não foi julgado.
Roberto
Jefferson disse que não gosta de Dirceu, mas questionou a atuação de Barbosa.
"Sobre o Dirceu, penso que o JB [Joaquim Barbosa] está exagerando e
vitimizando a turma do PT. [...] Você sabe que eu não gosto do José Dirceu, mas
a coisa está demais", afirmou na carta, segundo a Folha.
O
ex-deputado citou ainda que todos os tribunais concedem trabalho externo antes
do cumprimento de um sexto da pena. "Ele [Barbosa] monocraticamente
revogou uma jurisprudência consagrada em todas as comarcas e tribunais do
Brasil. Até no STJ os condenados no semiaberto trabalham desde o primeiro dia
da execução da sentença. Nitidamente o JB tem diferenças pessoais com a turma
do PT."
Saúde de
Jefferson
Roberto Jefferson relatou ainda estar sendo "bem tratado" e destacou
que a diretora do presídio é uma mulher "muito sensível e atenciosa"
e que tem conseguido manter a dieta necessária por conta da cirurgia.
O
ex-parlamentar passou por cirurgia em julho de 2012 para retirada de um tumor
no pâncreas. Em dois anos, perdeu 20 quilos, conforme os médicos que o
atenderam. Atualmente, ele tem desequilíbrio metabólico e restrição alimentar
resultantes do tratamento.
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