Justiça
Federal aceita denúncia contra cinco militares e um ex-delegado
Juíza
entende que os crimes, ocorridos há 33 anos, não prescreveram
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RIO - Numa
decisão histórica, a Justiça Federal no Rio aceitou a denúncia contra os seis
acusados pelo Ministério Público Federal pelo atentado a bomba no Riocentro, em
1981. Com isso, viram réus o coronel da reserva Wilson Luiz Chaves Machado, o
ex-delegado Claudio Antonio Guerra, os generais reformados do Exército Nilton
de Albuquerque Cerqueira e Newton Cruz, o general reformado Edson Sá Rocha e o
major reformado Divany Carvalho Barros. Eles responderão pelos crimes de tentativa
de homicídio doloso, associação em organização criminosa, transporte de
explosivos, favorecimento pessoal e fraude processual.
É a primeira
vez que uma denúncia criminal referente ao caso do Riocentro vira processo.
Outras tentativas foram rechaçadas pela Justiça Militar e pelo Supremo Tribunal
Federal. Essas instâncias entenderam que os crimes do Riocentro estariam
“perdoados” pela Lei da Anistia, assinada em 1979 no Brasil.
O atentado,
organizado por um grupo da linha-dura do regime militar, provocou a explosão de
duas bombas no Riocentro em 30 de abril de 1981, durante um show em comemoração
pelo 1º de maio. Uma das bombas explodiu dentro do Puma usado pelos dois
militares que executavam o atentado - o então capitão Wilson Machado e o
sargento Guilherme Pereira do Rosário, ambos agentes do Destacamento de
Operações de Informações do 1º Exército. Rosário morreu no ataque.
Em 16 de
fevereiro deste ano, O GLOBO antecipou os termos da denúncia, formulada pelos
procuradores do Grupo de Justiça de Transição do Ministério Público Federal no
Rio. Em 30 de março, reportagem do GLOBO mostrou também que o então presidente
João Figueiredo foi avisado do ataque ao Riocentro.
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