O pai de
Loane Maranhão Thé, escrivã da Delegacia da Mulher de Caxias (MA), morta com
golpes de faca pelo gari Francisco Alves da Costa, o advogado Flávio Weimar
Thé, afirmou que o assassino de sua filha merecia pena de morte se houvesse
essa prerrogativa na legislação brasileira.
"Eu
comentava com os amigos que a morte de minha filha não foi um problema de delegados
ou de agentes, o problema é o Estado brasileiro. O Estado está falido em todos
os setores, na educação, na saúde, na polícia, na segurança. Na delegacia em
que minha filha trabalhava tinha pouca gente, as vezes ela trabalhava mais do
que deveria trabalhar, sem segurança, sem reciclagem.
A reciclagem é importante
porque a pessoa envolvida com aquele trabalho durante vários anos termina
negligenciando os procedimentos rotineiros; a reciclagem é justamente pra
revisar esses pontos, que devem ser obrigatórios. A culpa da morte da minha
filha é o Estado Brasileiro que está falido", declarou Flávio Weimar Thé.
Ele disse
também que Loane Maranhão tinha vocação para ser policial, ele dizia para ela
fazer concurso pra juíza ou promotora, mas ela era enfática ao dizer que queria
ser policial.

“Quando eu soube da morte de minha filha senti
um enorme sentimento de frustração, por que minha filha era uma menina
estudiosa, era bacharel de direito, na delegacia onde ela trabalhava todos
gostavam dela. Era uma pessoa educada, trabalhadora. Ela ia trabalhar em Caxias
e passava 4 ou 5 dias morando em uma pensão; ela pegava um carrinho dela e
vinha ver a família em Teresina. Ela queria ser polícia, tinha um determinação
muito forte, queria fazer polícia. Visto que ela vinha de uma família de
advogados, eu a convidava para advogar, e ela dizia: 'Não pai, eu sou
policial!'. Ela tinha vocação e era cumpridora do seu dever. É lamentável a sua
morte. Eu só espero que o bandido seja punido.
Ele também é vitima do sistema,
dessa sociedade desumana, desleal e desigual, mas esse homem não pode continuar
fazendo vitimas. Se no Brasil tivesse pena de morte, ele seria morto, mas já
que não tem que seja feita justiça. Eu continuo acreditando na justiça. Todos
da família, pai, mãe, tios; todos acreditam na justiça”, declarou o pai de
Laone, muito abalado.
A advogada
Eliane Maranhão da Silva Thé, mãe de Loane Maranhão, diz que está arrasada por
que fazem exatos 5 meses que seu filho, Marcos Ronald, morreu em um acidente de
avião no aeroporto de Teresina.

“Era uma
filha e um filho muito queridos, eu só posso dizer que estou arrasada. Não é
normal que se perca dois filhos, mas estou resignada, minha filha era tão
trabalhadora, tão estudiosa", falou a mãe de Loane tocando-lhe o rosto
durante o velório.
“Todos da
família estão muito chocados por perderem Loane tão jovem, tao trabalhadora”,
declarou a advogada Ana Joaquina Rocha Alencar, da família de Loane.
“É um
absurdo faltar segurança em um delegacia, deixarem um homem que estuprou suas
duas filhas, prestar depoimento sem estar algemado", falou o Veterinário
José Martins, amigo da família.
O presidente
do Clube da Cepisa,João Filho, diz que para a família de Loane Maranhão sua
morte foi muito mais dolorida por que ocorreu exatamente há 5 meses da morte de
Marcos, que estava fazendo curso de piloto e morreu durante uma explosão.
“Eu vim
ajudar a acalentar a família nesse momento tão duro de dor”, falou João Filho.
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