sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sigilos bancário e telefônico de Eike Batista são quebrados após bloqueio

Decisão vale para uma das três ações cautelares na 3ª Vara Federal do Rio.


Nesta semana, R$ 122 milhões do O empresário Eike Batista teve quebrados os seus sigilos bancário e telefônico nesta sexta-feira (9). A decisão, divulgada pela 3ª Vara de Justiça Federal, está diretamente ligada à decisão sobre o bloqueio de bens do empresário, decretado nesta semana, no valor de R$ 122 milhões. A decisão ocorreu a pedido do Ministério Público Federal.

O valor de R$ 122 milhões é referente a duas operações de vendas de ações em 2013. Houve ainda um pedido de mandado de busca e apreensão para a casa do empresário, mas que foi negado pelo juiz Flávio Roberto de Souza 3ª Vara de Justiça Federal. O empresário ainda tem duas outras ações na mesma vara, que correm em segredo de justiça.

Esta semana, a Justiça Federal do Rio de Janeiro decretou o sequestro de R$ 122 milhões do empresário Eike Batista. A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado do empresário, Sergio Bermudes. Segundo ele, Eike Batista não foi intimado pela Justiça.

saiba mais

Ainda de acordo com Bermudes, o advogado Ary Bergher, que também defende Eike, está estudando o caso e vai formular um recurso contra a decisão, que será apresentado à Justiça na segunda-feira.

“O Ministério Público Federal tinha que ter dado elemento demonstrativo de que Eike estava tentando ocultar esse dinheiro. A prova de que não estava é que o dinheiro foi muito rapidamente encontrado. Quem quer ocultar não deixa R$ 122 milhões na conta”, disse Bermudes.

Inquérito na Polícia Federal

No mês passado, a Polícia Federal no Rio de Janeiro instaurou um inquérito policial para apurar supostos crimes financeiros cometidos por Eike Batista quando estava à frente da petrolífera OGX.

A PF investiga os crimes previstos nos artigos 27-C (manipulação de mercado - pena de 1 a 8 anos) e 27-D (insider trading - pena de 1 a 5 anos ), da Lei 6.385/76, bem como no artigo 1º da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro - pena de 3 a 10 anos).

Segundo reportagem do jornal "Valor Econômico", Eike e os administradores da OGX sabiam da inviabilidade comercial de campos da empresa pelo menos dez meses antes de a companhia declarar a condição, em 1º de julho de 2013, de acordo com investigação da  CVM.

Conforme o processo obtido pelo jornal, a CVM informa que os administradores da OGX falharam ao não divulgar ao mercado informações relevantes.empresário foram bloqueados

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria!

Total de visualizações de página