Cantor e
compositor ainda agradeceu o apoio dos fãs.
‘Ele iria querer que eu continuasse’, disse Erasmo.
‘Ele iria querer que eu continuasse’, disse Erasmo.

Dez dias
após enterrar o filho - o músico Carlos Alexandre Esteves, de 40 anos -, o
cantor e compositor Erasmo
Carlos iniciou neste sábado (24) a turnê “Gigante Gentil”, que também
é o nome de seu mais recente disco.
Erasmo
Carlos faz 1º show após morte do filho, Gugu. (Foto: Henrique Coelho / G1)
O bom humor
e o Rock’n Roll resistiram até a penúltima música. Quando vieram os primeiros
acordes de “É preciso saber viver”, vieram as lágrimas do pai Erasmo Carlos,
que perdeu o filho há 10 dias. Ao fim da canção, ele dedicou o show ao filho, o
Gugu, como gostava de chamá-lo:
“Cada acorde
deste show foi feito para ele. Acredito que é o que ele gostaria que eu
fizesse. O show tem que continuar”, disse Erasmo Carlos.
O cantor
ainda agradeceu ao apoio dos fãs nos últimos dias: “Agradeço a corrente
positiva de todos esses dias. Foi muito importante. Obrigado a todos. Até
sempre!”, exclamou, antes de cantar um de seus maiores sucessos, “Festa de
arromba”, com a mistura da ferocidade de um cantor novato e o desabafo de um
gigante da música brasileira que mostrava toda a tristeza acumulada nos últimos
10 dias.
O show que
aconteceria em São Paulo no sábado passado (17), foi cancelado justamente pela
morte de Gugu. Neste sábado, o show começou por volta das 22h, no Vivo Rio, no
Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio.
O show
começou em ritmo acelerado, com a faixa título do novo disco, Gigante Gentil, e
um Erasmo Carlos disposto a realizar um show inesquecível. Com bom humor e
explicando a origem do tema de cada canção, ele conduziu o show por cerca de 1
hora e meia parecendo querer muito mais.
Entre os
destaques, músicas do novo disco como “Amor na rede”, com letra de Nelson
Motta, e “Sentimentos complicados”, feita em parceria com Caetano Veloso, a
quem Erasmo chamou de “gênio”.
“Sentado à
beira do caminho” foi a primeira música que um Vivo Rio razoavelmente cheio
cantou junto com o “Tremendão”, seguida de “Mulher” e “50 tons”, baseado no
livro “Cinquenta tons de cinza”.
“Além do
horizonte”, em arranjo samba-rock, mostrou que Erasmo não tem medo de ousar e
rejuvenescer um de seus maiores sucessos, tal como faria no show com “E que
tudo mais vá para o inferno”, com arranjos bem mais pesados e um solo
alucinante de Billy Brandão (ex-Barão Vermelho), um dos destaques da banda, ao
lado do tecladista Jose Lourenço e da violinista Ana de Oliveira, que tocou em
três músicas.
Antes do
bis, três clássicos para arrebatar a plateia: “É proibido fumar”, “Pode vir
quente que eu estou fervendo” e “Fama de mau”, em que Erasmo revisitou o rock
que ele ajudou a construir no Brasil nos anos 60 e que ajuda a consolidar mais
de 50 anos depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria!